A Justiça dos Estados Unidos voltou a rejeitar na quarta-feira (27) o pedido de liberdade condicional do rapper Diddy, encarcerado em Nova York sob a acusação de tráfico sexual. Sean Combs, conhecido também como Puff Daddy, enfrentará um julgamento penal federal em maio de 2025. Ele é acusado de usar o seu império musical para sustentar um sistema violento de tráfico de pessoas com fins de exploração sexual e extorsão. O influente músico e produtor se declarou inocente.
Os juízes já negaram a liberdade do artista sob fiança em três ocasiões. Na decisão desta quarta-feira, o juiz Arun Subramanian, do tribunal federal de Manhattan, negou o pedido alegando que "não há condições que garantam razoavelmente a segurança" das vítimas e das partes civis envolvidas no caso.
Na semana passada, promotores alegaram que Diddy entrou em contato com testemunhas e utilizou plataformas de comunicação não autorizadas na penitenciária onde está detido desde setembro, em Nova York. Na última sexta-feira (22), ele compareceu ao tribunal vestindo uniforme presidiário, na presença de seus familiares, para mais uma tentativa de obter a liberdade condicional.
Combs, 54 anos, viu a carreira ser abalada desde o outono de 2023, quando surgiram várias acusações contra ele, incluindo denúncias de estupro feitas pela cantora de R&B Cassie, ex-namorada do rapper. O caso foi resolvido de forma "extrajudicial", segundo ambas as partes. Outras denúncias descrevem o rapper como um predador sexual violento que usava álcool e drogas para subjugar suas vítimas.
Além do processo penal, Combs enfrenta uma ação civil movida por mais de 120 supostas vítimas, incluindo 25 menores de idade na época dos crimes, que o acusam de agressão sexual. O rapper sempre negou as acusações.