Um dos cinco acusados pela morte de Liam Payne, em 16 de outubro de 2024, foi preso nesta sexta-feira (3) na Argentina. Autoridades locais informaram à AFP que ele é suspeito de fornecer drogas ao cantor dois dias antes do ex-integrante da banda britânica One Direction, que caiu da varanda do hotel que estava hospedado em Buenos Aires.
O detido foi identificado como Braian Paiz, de 24 anos, garçom do hotel Casa Sur. Conforme o Ministério Público da Argentina, o suspeito visitou o cantor em 14 de outubro e "o acompanhou ao quarto nº 310, entrando com ele no mesmo", onde permaneceu por quase cinco horas.
Em entrevista ao Telefe Notícias, Paiz revelou que passou a noite com Payne. Durante seu depoimento à Justiça, ele confessou que vendeu cocaína ao cantor britânico, mas alegou que foi para "passar algum tempo com ele (Liam)" e não por dinheiro.
— Passamos a noite, nos drogamos, porque é a realidade. Aconteceu algo íntimo — contou.
Porém, tanto a Promotoria quanto a juíza encarregada do caso, Laura Bruniard, concordaram, após analisarem conversas e vídeos, que "a entrega de cocaína foi em troca de dinheiro".
A Justiça argentina ordenou, nesta sexta, a prisão preventiva de duas das cinco pessoas envolvidas, entre elas Paiz. A polícia argentina revistou a casa de Paiz em Budge, província de Buenos Aires.
Entenda o processo
A Justiça da Argentina formalizou a acusação contra cinco pessoas pela morte de Liam Payne. Paiz e Ezequiel Pereyra – também funcionário do hotel – foram processados por "fornecimento de entorpecentes" ao cantor britânico, crime que prevê pena de quatro a 15 anos de prisão. Ambos tiveram a prisão preventiva decretada.
Gilda Martin e Esteban Grassi, gerente e recepcionista do hotel, respectivamente, foram acusados por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. Amigo do cantor, Roger Nores também foi processo pelo crime, que prevê pena de um a cinco anos de reclusão.
"Três dos acusados foram processados sem prisão preventiva por homicídio culposo e os outros dois pelo crime de fornecimento de entorpecentes, tendo sido condenados à prisão preventiva", informou o promotor responsável pelo caso em um comunicado.
No caso de Nores, o comunicado explica que a juíza Bruniard entendeu que há responsabilidade penal pela morte do cantor "mediante a execução de ações e omissões no período anterior e contemporâneo que acabaram levando Payne a cair da sacada" de seu quarto.
Enquanto isso, a juíza considerou que também correspondia o processo da gerente e do chefe de recepção do hotel, pois ambos haviam visto que "Payne não podia se manter de pé devido ao consumo de substâncias" e de toda forma habilitaram que fosse levado ao quarto.
No momento de sua morte, o músico tinha consumido álcool, cocaína e um antidepressivo. Segundo resultados da autópsia, ele morreu com "múltiplos traumas" e "hemorragia interna e externa".