A morte do cantor Liam Payne, ex-integrante do One Direction, completa um mês no próximo sábado (16). O artista faleceu no dia 16 de outubro, após sofrer uma queda da sacada de um hotel, localizado no bairro Palermo, em Buenos Aires, na Argentina.
Até agora, o cantor ainda não foi velado. O corpo dele foi embalsamado e transferido da Argentina para Londres no dia 7 de novembro. No entanto, ainda não foram realizadas cerimônias de despedidas. O caso segue em investigação.
Payne deixou um filho de sete anos, Bear, fruto de um antigo relacionamento com a cantora Cheryl Cole.
Abaixo, Zero Hora listou os principais pontos da investigação até agora.
Descobertas da perícia
O quarto no qual Payne estava hospedado, de número 310, era uma das 16 acomodações do hotel com sacada. O cantor sofreu uma queda de 13,7 metros.
Um laudo publicado pelo Ministério Público Argentino apontou que o cantor teve "múltiplos traumas" e "hemorragia interna e externa". O resultado da perícia ressaltou que Payne apresentava cerca de 25 lesões no corpo.
Em matéria publicada pelo periódico argentino Clarín, foi revelado também que a televisão do quarto estava quebrada e os móveis, depredados. Além disso, fósforos, restos de velas e champanhe foram encontrados no cômodo, além de um pó branco, posteriormente identificado como cocaína.
Exames toxicológicos
Itens encontrados no quarto do cantor foram detalhados no exame toxicológico, divulgado na última quinta-feira (7). Segundo a Justiça Argentina, a avaliação apontou que Payne consumiu diversos entorpecentes antes de morrer.
Conforme as autoridades, ele consumiu álcool, cocaína e um antidepressivo prescrito. "Payne não estava plenamente consciente ou atravessava um estado de diminuição notória, ou de abolição da consciência no momento da queda", detalhou o laudo.
Três indiciados
Segundo o jornal Clarín, três pessoas foram indiciadas pela morte do músico: um homem, que era um amigo do cantor, e dois funcionários do hotel CasaSur. Ninguém foi preso.
Rogelo “Roger” Nores, empresário apontado como parceiro profissional de Payne, esteve com ele momentos antes da queda. O homem foi indiciado por abandono de pessoa incapaz que resulta em morte, crime que, na Argentina, pode levar de cinco a 15 anos de reclusão.
Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Nores negou envolvimento profissional com Payne e afirmou que eles mantinham apenas uma relação de amizade.
— Nunca abandonei Liam, fui ao hotel dele três vezes naquele dia e saí de lá 40 minutos antes do ocorrido. Tinha 15 pessoas no saguão do hotel, conversando e brincando com ele quando fui embora. Nunca poderia imaginar que algo assim aconteceria — afirmou, na ocasião.
Outro acusado é um dos funcionários do hotel CasaSur, o garçom Brian Nahuel Paiz. O jovem de 24 anos esteve duas vezes com Payne durante a estadia dele na Argentina, e é acusado de ser um dos fornecedores de drogas.
Em entrevista para a rede de televisão argentina Telefe Noticias, Paiz afirmou que os dois se conheceram enquanto Payne jantava com a namorada no restaurante do hotel. Ele confessou ter usado drogas com o artista, mas negou ter levado entorpecentes ao cantor.
— A verdade é que quando ele chegou ao restaurante onde eu trabalhava, já estava sob efeito de drogas e não comeu nada — relatou.
O terceiro acusado é Ezequiel David Pereyra, responsável pela manutenção do hotel. Em vídeo divulgado pelo TMZ, um homem, apontado como Pereyra, aparece cumprimentando o artista e conversando com ele horas antes de sua morte.
Visitas de mulheres
Em matérias publicadas pelo Jornal La Nación, foi revelado que uma quarta pessoa também está sendo observada pela polícia, apesar de não ter sido indiciada.
Segundo testemunhas ouvidas pela publicação, duas mulheres teriam ido ao hotel — supostamente a pedido de Payne — na noite da morte do cantor. As jovens, identificadas como L. e A., teriam sido localizadas por ele por meio de um aplicativo chamado "Gemidos".
Testemunhas alegaram que elas tentaram cobrar o equivalente a cinco mil dólares do cantor, que se recusou a pagar a quantia. Os três teriam discutido e Payne buscou a recepção do hotel.
Como as mulheres se recusaram a deixar o local sem pagamento, funcionários do CasaSur procuraram Nores, que não retornou as ligações.
Por serem as últimas pessoas que estiveram com o músico, elas prestaram depoimentos como testemunhas. Uma das mulheres chegou a ter a casa visitada em uma busca policial.