A drag queen Pabllo Vittar teve um perfil dedicado à sua trajetória publicado pelo jornal estadunidense The New York Times neste domingo (30). O artigo relembrou as conquistas da artista e arrancou elogios para sua performance durante a 27ª Parada de Orgulho LGBT+, que ocorreu em São Paulo, no início de junho deste ano.
"Nós últimos sete anos, Pabllo Vittar se tornou, em certa medida, a drag queen mais bem-sucedida do mundo. Ela tem seis álbuns de estúdio, sua própria linha de moda com a Adidas, uma campanha de publicidade global com a Calvin Klein e 1,8 bilhão de execuções de suas músicas. É uma das maiores estrelas pop nessa nação de 203 milhões de pessoas", destacou o jornal.
Conforme o The New York Times, Pabllo irá se tornar a drag queen mais conhecida do mundo em breve. Ela foi descrita como a "herdeira" de RuPaul, drag queen de destaque mundial, que coordena o reality show RuPaul's Drag Race.
"RuPaul ainda pode ser a rainha das rainhas, mas a herdeira da coroa global já chegou", afirmou a publicação.
O perfil ainda citou outros momentos importantes da carreira de Pabllo, como a apresentação na Organização das Nações Unidas (ONU), a participação no show de Madonna, em Copacabana, no mês de maio, e suas performances individuais.
Além disso, falou sobre a infância e história de Pabllo, nascida no Maranhão, e filha de mãe solteira. O The New York Times também falou sobre o ativismo político da cantora e os atuais índices de violência contra a população LGBT+ no Brasil.
"O Brasil se classificou entre os países mais mortíferos para gays e transexuais. Desde 2008, mais de 1.840 pessoas transexuais foram assassinadas no Brasil, mais que o dobro do segundo país mais mortal, o México, de acordo com o monitoramento da Transgender Europe, um grupo de defesa. O Brasil lidera o ranking todos os anos desde o início do rastreamento", pontuou.