Uma das drag queens mais famosas do Brasil, Pabllo Vittar completa 30 anos nesta quarta-feira (1º). Em entrevista ao portal Splash, do UOL, ela celebrou por estar viva em um país no qual a comunidade LGBT+ sofre tanta violência.
— Neste país em que vemos todos os dias pessoas da nossa comunidade sofrerem violências absurdas, e morrerem, fazer 30 anos é muito emocionante. Por estar viva, e por poder fazer todos os dias o que eu gosto, viver da minha música e estar no palco — declarou.
A artista também relembrou que já sofreu muito preconceito, mas nunca pensou em desistir.
— Fui tão julgada e atacada por ser justamente quem eu sou, mas sempre refleti e nunca quis desistir. Chegando aos 30, nunca estive tão certa de quem eu sou. Nasci para fazer isso. Sempre tive medo, mas a minha coragem sempre foi maior. Quero mostrar para as pessoas que existimos, trabalhamos, e que podemos sair de lugares distantes, pequenos, e obter sucesso. Temos medo de virar estatística no país que mais mata, mas a minha coragem é maior. Não posso parar de realizar os meus sonhos.
Por fim, falou sobre ser vista como uma voz para os direitos da comunidade LGBT+.
— Não gosto de pensar que a responsabilidade de inspirar outras pessoas está apenas nas minhas mãos. Tenho amigos que também trabalham e dão voz (para a comunidade LGBT+). Por mais que brinquem sempre (dizendo) "Pabllo, faz alguma coisa", temos outras pessoas inspiradoras. E temos avançado muito para não perder as esperanças agora. Espero que daqui a 30 anos a gente tenha avançado muito mais — concluiu.