Pagode que contagia todo mundo. É nessa pegada que o Menos é Mais vem conquistando fãs não apenas no Brasil, mas também fora do país. Meses atrás, o grupo brasiliense formado pelo vocalista Duzão e os percussionistas Gustavo Góes, Paulinho Félix e Ramon Alvarenga ultrapassou fronteiras novamente quando um influenciador sul-coreano postou um vídeo cantando Lapada Dela, hit da parceria com o sertanejo Matheus Fernandes.
Explorar diferentes lugares - não apenas físicos, mas musicais - é algo que o quarteto gosta de fazer. Isso fica nítido no mais recente DVD, Virado no Pagode, que conta com participações de Anitta, Luísa Sonza e Xand Avião. As músicas da primeira parte do novo projeto, lançadas em dezembro, estarão no setlist do show que o Menos é Mais realiza na sexta-feira (2), no Planeta Atlântida.
Esta é a primeira vez do grupo no festival que vai agitar a Saba, na praia de Atlântida, Litoral Norte, e a empolgação está nas alturas, como garantem Duzão e Gustavo na entrevista a seguir. Eles também falam sobre sucesso internacional e feats com artistas de gêneros diferentes do pagode. Confira:
Qual a expectativa para o primeiro show no Planeta Atlântida? Já conheciam o evento?
Podem esperar pelo melhor pagode do Menos é Mais. Vamos cantar nossos maiores sucessos e faixas do primeiro EP de Virado no Pagode, e vai ser uma noite festiva, com muita alegria e animação. E tocar no festival, foi sempre algo que almejamos muito, afinal o Planeta Atlântida se destaca entre os eventos e festivais do Brasil e a gente sempre quis fazer parte do line dele. Agora chegou a nossa vez!
E o que o público pode esperar do novo projeto de vocês, "Virado no Pagode"?
Um projeto muito especial para nós. Cheio de hits, com participações que acreditamos que fizeram total diferença e tem muita sinergia com a gente. É um álbum do nosso jeito, com a nossa cara e um astral lá em cima. Muito pagode, do jeito que a gente gosta. Virado é o resultado do nosso esforço, nosso trabalho e dedicação. Noites sem dormir pensando, planejando e executando. É uma parte de nós que agora pode ser vista e ouvida por todo mundo. E algo inédito também no segmento, que foi gravar ao amanhecer.
Vocês afirmam que uma das metas do grupo é conquistar fãs além do nicho do pagode. Por isso, já fizeram feat com artistas como João Gomes, Anitta, entre outros. Com quem e qual ritmo ainda sonham gravar?
Acreditamos que temos tantos possíveis feats ainda que podemos fazer. Desde o começo, a gente sempre gostou de cantar com outras pessoas. O Menos é Mais é um lance de amigos, e gostamos de trazer outros amigos para o nosso pagode. Vemos isso de uma forma muito positiva, porque essas parcerias significam que estamos crescendo no nosso meio e que mais gente está recebendo e curtindo o nosso som. Então ainda acreditamos ter muitos feats pela frente.
Vocês carregam o DNA do pagode brasiliense. Nos shows que fazem pelo Brasil, percebem que existem diferenças entre os pagodes de cada região?
O pagode de Brasília é diferenciado, além de ter um sotaque diferente do Rio, tem a batucada que deixa tudo mais animado. Mas sim, cada região tem sua pegada e seu jeito de tocar. Existem vários estilos de pagode, paulista, carioca, brasiliense… Mas o mais legal é que no final, tudo é pagode. E juntos eles só fortalecem cada vez mais o nosso segmento.
Vocês têm dimensão do alcance das músicas do grupo internacionalmente?
Hoje temos. No começo era tudo muito inimaginável, pois sabíamos a força de Lapada Dela com o público, mas não aonde ela poderia chegar. E quando vimos a música se tornando, hit, entrando para o TOP 3 do Spotify (o que é único até então no segmento) e ganhando cada vez mais posições pelo mundo, ficamos muito felizes. Lapada Dela, sem dúvida é um presente para nós e mais um marco na nossa carreira. E é muito gratificante e motivador, saber que o nosso som e a nossa música está alcançando lugares e culturas cada vez mais distantes. Isso é o pagode do Brasil ganhando força no mundo.
Vocês cresceram aos poucos: foram revelação, conquistaram o Brasil e, hoje, são um fenômeno. Aonde ainda sonham em chegar?
Acreditamos que na música sempre existe espaço para ir além. Então o nosso sonho é chegar além de onde já chegamos e estamos. Nossa música cada vez mais ouvida, nosso som em lugares até então que não chegavam e quem sem sabe colocar mais uma música nossa entre as mais tocadas do Brasil e do mundo.