O Grammy anunciou, nesta sexta-feira (16), novas regras para a premiação de 2024. Em meio a discussões sobre o crescimento do uso de inteligência artificial, a academia decidiu barrar músicas que "não contêm autoria humana".
De acordo com a norma divulgada, "apenas criadores humanos são elegíveis para indicações ao Grammy". O uso de inteligência artificial para assistir a produção de canções ainda é permitido, mas o componente humano deve ser "significativo" para a indicação ocorrer.
A academia diz que a música que apresenta elementos de IA será elegível se atender aos seguintes requisitos: "O componente de autoria humana do trabalho enviado deve ser significativo; tal componente de autoria humana deve ser relevante para a categoria em que tal trabalho é inscrito; e os autores de qualquer material de IA incorporado ao trabalho não são elegíveis para serem indicados ou ganhadores do Grammy".
Outras regras
Além disso, a academia também irá diminuir de 10 para oito o número de indicados nas quatro principais categorias da premiação: álbum, canção e gravação do ano e artista revelação.
A partir do próximo ano, apenas profissionais que tiverem mais de 20% de participação em um disco serão nomeados ao Grammy e poderão receber a estatueta — antes, qualquer produtor, compositor, engenheiro ou artista envolvido em um álbum era indicado.
A premiação ainda alterou uma regra da categoria melhor filme musical. Antes, os títulos deveriam ser composto por pelo menos 51% de performances. Isso abre caminho para que mais documentários biográficos, ou mesmo filmes ficcionais, entrem na disputa.
O Grammy 2024 ainda não tem data para acontecer. No início desta semana, a academia anunciou novas categorias. O evento adicionará premiações para a melhor performance de música africana, melhor gravação de dança pop e melhor álbum de jazz alternativo.