Teve arco-íris de presente depois da chuva, o retorno de shows clássicos, como de Armandinho, estreias especiais, a exemplo de Jão e Gilsons, e a finaleira ganhou clima de pista de dança, com Vintage Culture.
O Planeta Atlântida 2023 girou com tudo e vai deixar saudade. Para quem curtiu e quer relembrar e para os que acompanharam de casa, GZH preparou um pequeno resumo da segunda e última noite da 26ª edição do evento. Confira:
A onda de Armandinho
Armandinho sempre entrega um show contagiante, com um leque enorme de hits praianos (ou é "praieiros??"). Não foi diferente no segundo dia da 26ª edição do Planeta Atlântida.
Assim que subiu ao palco, o cantor botou os planetários a cantarem A Ilha. Em seguida, propôs uma fuga ao público com Rosa Norte. Então, antes de Eu Sou do Mar, proferiu:
— Não adianta, eu sou do mar, tu é do mar, todos somos. Olha a regueira!
A noite ainda contou com Ursinho de Pelúcia, Desenho de Deus, Eu Juro, Reggae das Tramandas, entre outros.
Jão chama o público para sofrência
O paulista Jão entregou uma apresentação com muita comunhão com suas fãs. Foi um show em que a grade estava tomada por adolescentes (ou pouco mais que isso), que se emocionaram e o acompanharam em todas as músicas.
Depois de Santo, a apresentação prosseguiu com o ska Vou Morrer Sozinho, em que Jão demonstrou muita afinação e desenvoltura — deslizando e dançando com leveza pelo palco. Depois vieram Amor Pirata, Me Beija com Raiva, Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor, Não Te Amo e a viral Idiota.
Com o público pulando e cantando alto, ou até se filmando ao mesmo tempo, o Carnaval da sofrência chegou ao fim com uma chuva de papéis picados.
Furacão Ludmilla
Ludmilla é o momento. Na apresentação no Planeta Atlântida, ela mostrou por que está em alta. Disparou hits e levou os planetários à loucura, em show incendiário. Tinha gente indo até o chão, tinha quem se agarrasse à pilastra para rebolar. Ludmilla fez o Planeta dançar.
A carioca abriu com Favela Chegou. Depois vieram Verdinha, Invocada, Sou Má, que Lud disse ter feito para se sentir gostosa, e Deixa de Onda, que tirou o tirou o público do chão. "Amava porra nenhuma", bradaram planetários ressentidos.
Depois de falar de amor, veio o momento pagode/Numanice, em que a cantora emendou Teu Segredo, Cigana e Maldivas, dedicada à esposa, Brunna Gonçalves. Na sequência, hora de um funk mais quente, começando por Vem Amor.
Então, partiu para trechos de hits da Ludmilla, de sua fase mais crua. Rolou Fala Mal de Mim, 24 Horas Por Dia, Din Din Din, Não Encosta e Zuera dos Amigos.
As reações de um reencontro
Foram seis anos sem assistir a um show da Reação em Cadeia. A primeira apresentação após o hiato coincidiu com o show de Ludmilla, que se apresentava no mesmo horário no Palco Planeta. Mesmo com a concorrência difícil, o grupo conquistou um dos maiores públicos do Palco Atlântida. Quem ficou para ver o retorno da banda gaúcha deu a vida durante a cerca de uma hora de show. Foi algo bonito de se assistir.
— Que saudade que eu tava de vocês! — declarou Jonathan Dorr, que já tem mais de 10 Planetas no currículo.
Ao lado de Tiago Medeiros, Eduardo Panda e Elias Frenzel, o vocalista apresentou um setlist na medida para os planetários saudosos. Entre os hits na ponta da língua do pública estavam Eu Não Pertenço a Você, Os Dias e Quase Amor.
Rockstar sertanejo
Foi com Água com Açúcar que Luan Santana abriu seu show no Planeta Atlântida 2023, por volta das 23h15min deste sábado (4). Emendou Abalo Emocional, Quando a Bad Bater e Seu Doutor, dando início a uma maratona de hits que seguiria intensa durante toda a apresentação.
O sertanejo também apresentou Morena, Acordando o Prédio, Erro Planejado, Eu, Você, o Mar e Ela, Coração Cigano, Escreve Aí, entre tantos outros sucessos de diferentes fases da carreira.
E foi com versos de Querência Amada que o artista celebrou acompanhar de perto o sucesso de outro Planeta Atlântida. Abraçado a uma bandeira do Rio Grande do Sul, Estado que ele disse amar como se fosse seu. Tanto que vai voltar para cá logo: no palco do Planeta, o cantor anunciou que realizará pela primeira vez o seu Luan City Festival em terras gaúchas
A micareta de Veveta
Ivete Sangalo subiu ao palco do festival cantando Cria da Ivete, presente no seu recém-lançado EP, Chega Mais. Performando uma coreografia estilo TikTok, a diva baiana botou os planetários para pular e rebolar com o refrão "Papá parará / Papá parará / Tem gente que senta pra beber / Aqui nós bebe pra sentar".
E os joelhos dos planetários que lutassem, pois a lista de hits não deixava ninguém descansar: Tempo de Alegria, Abalou, Poeira, Festa, Acelera Aê, entre outros hinos da carreira de mainha. Não poderia ser diferente. É a volta do Planeta Atlântida, a volta de Ivete Sangalo à Saba. Os joelhos que lutem, porque Veveta não estava nem perto de parar.
Ainda no clima de Carnaval, Veveta cantou de novo Cria da Ivete, que havia aberto o show. Avisando que não é boba nem nada, ensinou a letra e também a coreografia, requisito praticamente obrigatório para fazer uma canção viralizar hoje em dia. A música é a aposta da cantora para a folia que se aproxima.
Matuê e a força do trap
Assim que o nome de Matuê foi anunciado no Palco Planeta, um acotovelamento de celulares para o alto teve início. Ninguém queria perder a chance de registrar a entrada do fenômeno do trap brasileiro. Sobretudo o público mais jovem.
O artista promoveu um desfile de hits na Saba e recebeu Teto e WIU, que haviam se apresentado pouco antes no Palco Atlântida. O trio de hitmakers da 30praum cantou Vampiro, a mais ouvida no Spotify de Matuê e Teto - no de WIU, a música fica atrás de Coração de Gelo e Felina, hits solo dele.
O Planeta ainda ganhou ares de Rap in Cena com 777-666, a música derradeira. A tradicional "roda punk" dos shows de rap foi aberta pelo público do Camarote.
Vintage Culture
Marcando o fim do Planeta Atlântida 2023, Vintage Culture subiu ao palco do festival por volta das 4h deste domingo (5). Lukas Ruiz Hespanhol - o homem por trás da alcunha - fez o último show da noite.
A maratona até ali foi intensa, mas os planetários ainda tinham pique. O DJ manteve a energia no alto por mais de uma hora, apresentando faixas como Come Back Home, Fucking Bitches e Hangover. O fim chegou perto das 5h30min: um remix de Céu Azul, de Charlie Brown Jr, marcou a despedida oficial do Planeta 2023.