Uma guitarra vermelha, que acabou destruída em um camarim e que supostamente gerou o fim do grupo de rock britânico Oasis, vai a leilão em Paris, na França, em 17 de maio, informaram os organizadores.
Um traje de estilo sadomasoquista da estrela do grupo Depeche Mode, Martin Gore, e discos com autógrafos de artistas como o guitarrista americano Jimi Hendrix também serão colocados à venda. No total, 85 lotes serão leiloados, informaram a galeria parisiense Artpèges e a casa de leilões Lemon Auction.
Os irmãos Noel e Liam Gallagher, que fundaram o grupo Oasis, eram conhecidos nos anos 2000 por suas brigas. Em 2009, eles estavam no festival parisiense Rock en Seine, quando entraram em atrito:
— Naquela noite, aconteceu uma grande confusão nos camarins. A guitarra de Noel acabou quebrada e logo aconteceu a ruptura do grupo — explicou à AFP Jonathan Berg, co-fundador da Artpèges.
A multidão que aguardava o show do grupo ficou sabendo, naquele momento, que o Oasis acabara de se separar. Os irmãos Gallagher continuam trocando farpas por meio de entrevistas e em redes sociais até hoje.
A guitarra vermelha foi reparada pelo luthier francês Philippe Dubreuille dois anos depois do incidente, que se tornou mais uma lenda na história do rock.
Foi Noel Gallagher que encomendou o reparo, mas logo decidiu se separar da guitarra "porque ela o faz lembrar demais do Oasis", apontou Arthur Perault, outro co-fundador da Artpèges. O instrumento terá preço inicial de 150 mil euros (R$ 756,9 mil), mas está avaliado entre 300 mil euros (R$ 1,5 milhão) e 500 mil euros (R$ 2,5 milhões), segundo Perault.
O traje bondage de Martin Gore foi, por sua vez, imortalizado pelo fotógrafo Paul Natkin em meados dos anos 1980. A vestimenta tem um preço inicial de 4 mil euros (R$ 20,1 mil), ainda que possa chegar até 12 mil euros (R$ 60,5 mil), segundo Arthur Perault.
Outra peça de adoração para o público francês: um vinil assinado por Jimi Hendrix e seu grupo Experience. Uma fã francesa conseguiu que todo o grupo o assinasse durante a turnê que o grupo fez pela França em 1966. E 45 anos depois, a mulher conseguiu que Johnny Hallyday, que era amigo de Hendrix, acrescentasse seu autógrafo.