A cantora Paulinha Abelha, do grupo de forró Calcinha Preta, está em coma profundo e no grau mais baixo da Escala de Glasgow – o estágio mais grave dessa métrica que avalia o nível de consciência de um paciente –, informaram nesta terça-feira (22) os profissionais da saúde que vêm tratando a artista. Em entrevista coletiva, eles negaram que o quadro seja irreversível e informaram que estão investigando se este é um caso de intoxicação medicamentosa.
— A pergunta que a gente faz agora é quais as etiologias que justifiquem um pessoa estar em um coma, em uma Escala de Glasgow 3, que é a nota mais baixa que você pode ter numa escala de classificação de coma — explicou o neurologista Marcos Aurélio Alves.
Paulinha foi internada no dia 11 de fevereiro, após chegar a Aracaju, Sergipe. Quando foi transferida ao Hospital Primavera na última quarta-feira (17), já estava em coma.
Os médicos foram questionados se os tratamentos para emagrecer feitos por Paulinha, especialmente aqueles envolvendo diuréticos, poderiam ser a origem do problema. Contudo, segundo eles, nenhum exame comprova lesão renal prévia ou crônica.
— A gente trabalha sim com a possibilidade de alguma intoxicação medicamentosa, existem exames em andamento nesse sentido para confirmar ou afastar essa hipótese — disse o diretor técnico do hospital, Ricardo Leite. — Mas hoje a resposta taxativa para a questão "Paula tem uma lesão decorrente de medicação, tratamento prévio?" nós não temos. Mas existe sim uma possibilidade nesse sentido.
Alves, por sua vez, declarou que a situação da cantora é delicada.
— Hoje, nosso interesse é mantê-la viva. E não está sendo uma função fácil — disse. — A situação dela é um dia de cada vez. Nosso interesse é mantê-la viva, neste momento o compromisso que a gente tem é que ela recupere a função hepática, renal e neurológica.