O cantor Wesley Safadão, a esposa, Thyane Dantas, e a assessora do artista, Sabrina Tavares, recusaram, nesta quinta-feira (28), o acordo ofertado pelo Ministério Público do Ceará para que a investigação sobre a vacinação irregular dos três não prosseguisse. As informações são do portal G1.
Conforme o processo, a esposa do cantor teria furado a fila da vacinação contra a covid-19 em 8 de julho de 2021. Na época, ela tinha 30 anos, e o calendário municipal de vacinação previa a aplicação em pessoas com 32 anos ou mais. Já Safadão e Sabrina haviam agendado horário para serem vacinados no mesmo dia no Centro de Eventos do Ceará, mas foram a outro posto de vacinação em um shopping. O Ministério Público do Ceará classificou a vacinação dos três como "ilegal, imoral e criminosa, conforme revelaram as investigações".
No dia 14 de outubro, a defesa do trio pediu ao órgão a celebração de um acordo de não persecução penal, que pode substituir o processo criminal por uma reparação de danos. Porém, a proposta apresentada não foi aceita pelos três. Este tipo de acordo obriga os investigados a confessarem o crime, mas deixa eles isentos de punição penal.
O acordo propunha que a possível pena fosse revertida em "prestação pecuniária a ser destinada a entidade pública ou privada com destinação social", ou seja, o pagamento de um valor para alguma entidade. Se o acordo fosse aceito, a quantia exata a ser paga seria determinada por um juiz. O valor a ser pago não pode ser inferior a um salário mínimo, nem superior a 360 salários mínimos, que totalizam R$ 396 mil.
O Ministério Público do Ceará confirmou que o trio, acompanhado pela defesa, não aceitou a proposta. Segundo o órgão, com a recusa, a investigação criminal continuará sendo analisada.