A música coloca os fãs à flor da pele com as composições de suas bandas favoritas. Mas quem está em cima do palco também precisa lidar com a pressão de cumprir as expectativas dos admiradores e de seus colegas. Sendo assim, é muito comum os integrantes brigarem e isso causar o desmonte de alguns grupos.
Nesta segunda-feira (17), o CPM 22 confirmou a saída definitiva do baterista Japinha. A decisão foi tomada em conjunto pelos integrantes e motivada pela polêmica envolvendo o vazamento, em junho, de uma conversa íntima entre Japinha e uma fã de 16 anos no chamado "Exposed emo", movimento que ocorreu no Twitter.
Abaixo, GaúchaZH relembra algumas brigas emblemáticas que levaram à saída de integrantes:
Outros músicos contra Chorão - Charlie Brown Jr
Em 2005, o guitarrista Marcão, o baterista Pelado e o baixista Champignon deixaram o grupo em motivos que nunca ficaram bem claros. Com a debandada, Chorão chamou o guitarrista Thiago Castanho (que gravou os três primeiros discos da banda), o baixista Heitor Gomes e o baterista Pinguim Ruas para dar sequência aos trabalhos. Anos depois, Champignon retornou para a formação da banda, quando se envolveu em novas brigas com Chorão - inclusive, no meio do palco.
John Frusciante - Red Hot Chili Peppers
Em 1992, o guitarrista John Frusciante anunciou sua saída da banda por estar envolvido com drogas. Em 1997, ele retornou ao Red Hot Chili Peppers a pedido do baixista Flea. Porém, em 2009, Frusciante voltou a se despedir da banda - dessa vez, porque queria se dedicar à música eletrônica.
Bell Marques - Chiclete com Banana
Após o Carnaval de 2014, Bell anunciou sua saída do grupo dizendo que estava infeliz. Em entrevista à Contigo!, ele contou que faltava "vontade de querer fazer" dos outros integrantes. A instabilidade também cresceu por discussões dele com o irmão Wandinho, que era tecladista. Um documentário sobre a história do axé, lançado recentemente na Netflix, indica que a saída de Bell teve impacto na relação familiar dos músicos.
William Goldsmith - Foo Fighters
Baterista do grupo entre 1995 e 1997, William Goldsmith gravou dois álbuns com a banda. No segundo deles, houve uma discussão inusitada: sem gostar das batidas apresentadas por Goldsmith, Dave Grohl regravou todo o material para a mixagem final. Revoltado, o músico deixou o Foo Fighters, polêmica que é relembrada até hoje.
Noel e Liam Gallagher - Oasis
Os britânicos são constantemente lembrados por suas discussões. Em agosto de 2009, os irmãos deixaram de se apresentar por causa de uma briga antes de entrarem no palco em Paris. Naquele dia, Liam segurou a guitarra de Noel e a destruiu completamente. Indignado com a postura, Noel deixou o local e o Oasis.
Dave Mustaine - Metallica
No mesmo período em que o grupo ganhava seus fãs, no início da década de 1980, Dave Mustaine causou brigas com todos os integrantes. Conhecido pelo uso excessivo de drogas e álcool, o guitarrista acabou demitido em abril de 1983.
Black Sabbath
Em 1979, a primeira grande confusão do Black Sabbath foi a saída de Ozzy Osbourne. Depois, Ronnie James Dio assumiu os vocais e virou alvo de polêmica logo em seu disco de estreia Live Evil: Tony Iommi e Geezer Butler acusaram Dio de alterar os níveis de sua voz. Com as tensões, ele também deixou a banda, levando o baterista Vinny Appice junto.
Leoni - Kid Abelha
Em fevereiro de 1986, ainda no Kid Abelha, Leoni não foi anunciado como integrante do grupo nem como um dos autores da música A Fórmula do Amor em um grande festival de música. A situação levou até Paula Toller a jogar um pandeiro para o alto e acertar Leoni, que decidiu sair da banda na hora.
Rodolfo - Raimundos
Em 2001, Rodolfo se declarou exausto com a rotina de trabalho e anunciou que estava se convertendo ao protestantismo. A saída causou polêmica na época e Digão, em 2017, falou para a Rolling Stone que ficou chateado porque o ex-vocalista não teria avisado previamente, sendo que todos tinham combinado de permanecer juntos por, pelo menos, mais três anos.
Luciana - Rouge
Um dos motivos para o desmonte do Rouge foi a saída de Luciana, em 2004. Ela falou abertamente que se sentia "explorada" e que a girlband "não era reconhecida como artista de verdade pelos empresários da época". O reconhecimento só partia do público, segundo ela.