A tragédia de Brumadinho é somente um dos assuntos urgentes tratados nas letras de Djonga, rapper mineiro que se apresenta nesta quinta-feira (15) em Porto Alegre com as faixas do disco Ladrão. O show começa às 23h no Opinião (Rua José do Patrocínio, 834).
Em Deus e o Diabo na Terra do Sol, por exemplo, o artista debate os contrastes sociais vigentes no Brasil. “(...) Meritocracia pra pobre / É só se a frase for: morreu porque mereceu”, diz um trecho da canção, que – assim como parte do álbum – foi gravada na casa dos avós do artista, em Minas Gerais, na época do rompimento da barragem da Vale.
O terceiro disco de Djonga tem participações especiais como Felipe Ret, MC Kaio, Doug Now & Chris MC, e referências a outros tempos da músicas. Em um trecho da faixa Bené, o rapper cita o verso “Viver é melhor que sonhar”, de Como Nossos Pais, canção de Belchior celebrizada na voz de Elis Regina.
Além dos singles Hat-Trick e Leal, do disco Ladrão, o artista deve revisitar canções dos seus trabalhos anteriores. Aos 25 anos, Djonga é um dos nomes mais importantes do hip hop nacional, com mais de 170 milhões de visualizações no YouTube.