As regras para curtir o show de Vintage Culture são bem claras. Antes de entrar no palco, uma gravação pede: divirta-se, faça amigos, beba água e aproveite cada minuto sem diferenças. Com este lema, Vintage Culture abriu sua apresentação no Planeta Atlântida com Save Me. Esta foi a última apresentação da primeira noite do festival, na Saba.
O DJ brasileiro, que se chama Lukas Ruiz Hespanhol, explorou seu repertório eletrônico da melhor maneira possível. Além de trazer suas canções mais conhecidas, como Pour Over e I Will Find, ele visitou outros estilos com versões remixadas.
Este, sem dúvidas, é o grande truque para garantir a festa. Entre as canções que ganharam versões eletrônicas, estão Radioactive, do Imagine Dragons, e Rockstar, de Post Malone. Faixas brasileiras mais clássicas também caíram no gosto do público: Bete Balanço, de Cazuza; Puro Êxtase, do Barão Vermelho; e Ai Ai Ai, de Vanessa da Mata, também tiveram releituras dançantes.
Parcerias de Vintage Culture com outros nomes da música eletrônica, como KVSH e Breno Rocha, foram outras canções que integraram o setlist, como Cante Para Nós e Sede Para Te Ver.
Origens e passeio da década anterior
O artista também voltou às origens. Em 2016, ele dominou as paradas internacionais com o remix de Drinkee, faixa originalmente do duo nova-iorquino Sofi Tukker. Outra homenagem feita com sucesso.
Bob Sinclair, que levou o eletrônico ao mainstream na década de 2000, foi outro DJ recordado por Vintage, com uma performance badalada de World, Hold On, de 2006.
A viagem no tempo continuou com Sweet Disposition, outro remix criado pelo DJ. Toca’s Miracle, originalmente lançada pelo projeto alemão Fragma em 2000, também virou motivo para boas energias na pista.
Os planetários que sentem falta do Charlie Brown Jr, banda que visitou o evento por diversas edições, conseguiram ficar acolhidos com o remix de Vintage Culture para Céu Azul, faixa que já recebeu mais de 10 milhões de visualizações no Youtube.
Pontualmente às 4h da manhã, o brasileiro agradeceu ao público e tocou Manifesto, em que pede a união de todas as pessoas. “Por que não fazer do respeito também uma religião?”, encerra a canção. Os fogos de artifício, na sequência, selaram a noite.