O legado do tradicionalista João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes, que morreu nesta segunda-feira (27), recebeu homenagens durante a noite, na 41ª Expointer. Na cerimônia do 21º Troféu Guri, o símbolo do gauchismo foi lembrado com discursos de reverência e uma salva de palmas do público na Casa RBS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Antes da entrega do prêmio, que valoriza personalidades que promoveram o nome do Rio Grande do Sul no país e no mundo, também houve a interpretação de trechos das músicas Pezinho e Minha Querência, em recordação a Paixão Côrtes.
O cantor nativista Joca Martins, que participou das homenagens, avaliou que o trabalho de pesquisa "formidável” sobre a cultura gaúcha é uma das principais contribuições deixadas pelo tradicionalista.
— Ele foi fundamental para o Rio Grande do Sul. Paixão Côrtes foi um daqueles que construíram o gauchismo. O legado dele é tão grande que é difícil mensurá-lo. Ele sempre vai representar a figura do homem que trouxe o campo para dentro da cidade — sublinhou Martins.
Aos 91 anos, Paixão Côrtes morreu às 16h05min desta segunda-feira, em Porto Alegre. O tradicionalista estava internado no Hospital Ernesto Dornelles desde 18 de julho, após fraturar o fêmur em uma queda e passar por uma cirurgia.
A 21ª edição do Troféu Guri homenageia, nesta segunda-feira, 10 personalidades de destaque no Estado, em áreas como agronegócio, cultura e esporte. O prêmio foi criado pela Rádio Gaúcha em 1998. Desde então, valorizou mais de 200 gaúchos de nascimento ou por adoção.