Jojo Todynho apareceu em clipe da cantora Anitta, fez participação em novela da Globo e viralizou na internet com o hit Que Tiro Foi Esse. Por isso, o nome da carioca deve ter passado pelas suas redes sociais nos últimos tempos. Nada mais justo, então, que a cantora batesse um papo com Kelly Matos, Luciano Potter e David Coimbra no Timeline, programa da Rádio Gaúcha exibido na manhã desta segunda-feira (15).
– Não imaginava que minha música ia viralizar. Explodiu – conta Jojo.
Seu clipe tem inspirado cada vez mais famosos a entrar no clima de Que Tiro foi Esse. Nas rede sociais, Luciano Huck e Bruno Gagliasso postaram vídeos com suas famílias brincando com a letra da canção. Agora, Jojo aprende a lidar com o sucesso:
– Recebia 500 mensagens por dia antes. Hoje, recebo duas mil. Shows está uma loucura, a agenda não para.
Na entrevista, a artista de 20 anos comentou que tenta não se deslumbrar com a fama. E negou o rótulo de "louca".
– As pessoas falam "A Jojo é doida". Não sou doida. Tenho uma lucidez além do seu pensamento. No mundo que eu vivo hoje, se fosse outra pessoa no meu lugar, já estaria se deslumbrando. Poderia estar com uma casa na Barra, mas não quero isso agora, não é minha necessidade. Minha necessidade é fazer minha autoescola, entrar em uma aula de inglês, fazer meu tratamento com a fono (fonoaudióloga), voltar a fazer aula de canto. Sempre cantei, mas fiquei muito tempo sem cantar. Quero me aprimorar mais. Tenho que viver a minha realidade – explicou a jovem.
A cantora relembrou também sua trajetória até se tornar um sucesso na internet. Segundo Jojo, a família é seu principal apoio:
– Quantas roupas e sapatos a minha avó comprava pra mim e eu emprestava para os outros? E quando a gente começa a sentir no bolso quando a sandália volta destruída, a gente começa a dar valor ao nosso dinheiro, dá valor à vida. Já fui camelô, já trabalhei no shopping, vendi picolé no trem, eu tenho 20 anos. Tenho uma família maravilhosa. Nunca vou poder dizer que não tive orientação. Se eu errei, foi por maucaratismo meu.
Além de prezar pela simplicidade na vida pessoal, a artista também reafirmou sua posição como defensora das mulheres. Ela também defendeu a liberdade e foi enfática contra o assédio.
– Sempre enalteço as mulheres, que elas não precisam de homem para viver. Não precisa ser submissa, são guerreiras, muitas vezes são alicerces da sua casa, precisam trabalhar, estudar. Não é porque usam um decote ou short curto que dá direito aos homens passar a mão nela, ou falar o que quer – afirma a jovem com seu característico e eloquente jeito de falar.
Mas o problema, segundo ela, é a falta de sororidade. Há pouca empatia entre as mulheres e muita parceria entre os homens.
– Infelizmente, a desunião das mulheres é fora do normal. Os homens fecham até na sacanagem. As mulheres se vestem para afrontar as outras. Vivo pra mim, não para os outros. Só se vive uma vez. Se for viver preocupada com que os outros pensam, a vida nem anda.
As críticas de especialistas musicais sobre o funk também não agrada a cantora. Para ela, o funk é um movimento que precisa de espaço e as pessoas precisam se abrir para isso. Depois de deixar o ranço de lado, a receita é aceitar o diferente em qualquer circunstância:
– Nós precisamos de respeito. Você não precisa gosta. O sol brilha para todos, então, respeite.