Esqueça a franja caída sobre o rosto, as costeletas compridas e o visual emo que o tornaram figura conhecida no cenário nacional. Rodrigo Tavares, ex-baixista da Fresno, amadureceu. Como Esteban, nome adotado para a carreira solo, o músico gaúcho volta ao Opinião neste sábado para apresentar Eu, Tu e o Mundo, seu terceiro álbum desde que separou-se da antiga banda.
Aos 35 anos, o amadurecimento não ficou somente no visual. Com 14 faixas, sendo 10 delas inéditas, o trabalho lançado em junho passado mostra um lado musical diferente de Tavares e aponta que não estamos mais diante de um artista que tem como público alvo a plateia adolescente. Os instrumentos de sopro utilizados no disco, destaca o músico, são parte integrante desta transformação.
– Eu já sou um cara grisalho, não poderia ficar emulando um visual teen, então as minhas músicas também não poderiam. Antes, quando eu lancei o Adiós, Esteban! (seu primeiro álbum solo), eu ainda sentia que muita gente ia nos shows para me ver. Hoje, quem está ali tá procurando por música – diz o cantor a ZH.
Apesar do recém-nascido Eu, Tu e o Mundo, Esteban diz já ter o seu sucessor no forno. Ainda sem um nome definido e arranjos acertados, a previsão é de que o próximo disco seja disponibilizado para o público em fevereiro de 2018. Até lá, ele segue rodando o país, tarefa que, pelos custos, nem sempre consegue realizar ao lado de sua banda:
– Não sou um artista que gosta de se apresentar sozinho com um violão, mas, às vezes, não vale a pena para o contratante. O custo com passagem e hospedagem de toda a banda acaba sendo mais caro do que o meu cachê.
Na Capital, porém, o músico estará com o seu time completo. E, por se tratar de um palco e de uma cidade especial, os porto-alegrenses podem se preparar para um show possivelmente maior do que o usal.
– O set list mistura os três trabalhos e costuma ter 19 músicas, mas em Porto Alegre a gente sempre toca um pouco mais, com uma apresentação que passa um pouco de duas horas.