Uma das melhores vozes femininas gaúchas está completando três décadas de carreira. Lançada como cantora em 1985 no espetáculo Fica lúcida, quando foi dirigida por Luciano Alabarse no saudoso Porto de Elis, Muni vai comemorar nesta quinta no Café Fon Fon (Rua Vieira de Castro, 22). A partir das 21h, a cantora apresentará um repertório eclético, que passa por MPB, blues, milonga e pop, acompanhada por Cau Netto (teclado, arranjos e programações). Entre as canções selecionadas pela intérprete, estão É onde o seu lugar (Antonio Villeroy), Portal (Jerônimo Jardim), O mundo (André Abujamra), Blues da piedade (Cazuza/Frejat) e O amor é velho e menina (Tom Zé).
– O critério foi pegar músicas de alguns shows que marcaram pelo trabalho de interpretação, como Encouraçado, de Sueli Costa e Tite de Lemos, Luz do tango, de Astor Piazzolla e Geraldo Carneiro, e Abril e Inverno, da Adriana Calcanhotto. Há ainda outras da viagem que fiz para Lisboa e que adoro: Momento, de Pedro Abrunhosa, e Lisboa de mil amores, da Mafalda Veiga – diz Muni a Zero Hora.
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O saxofonista e flautista Luizinho Santos fará uma participação especial no show, batizado de Muni – 30 anos de música. Desde o começo, a atuação caminha ao lado do canto na trajetória da artista: Muni participou de montagens em Porto Alegre de peças como Marat-Sade (1982), A história do soldado (1991), Noite Brecht (1999) e A vertigem dos animais antes do abate (2014).
– Sou muito grata por ter convivido com as pessoas de teatro, pois tive a oportunidade de valorizar o texto a ser dito. Acredito que a troca de experiências é fundamental no trabalho artístico.
Prêmio Açorianos de Música como melhor intérprete de MPB pelo excelente disco De quatro (2000), Muni prepara um novo álbum para o ano que vem:
– Já estou juntando material. Por enquanto, estou experimentando para depois definir. Estou muito contente por estar com o Cau Netto também nesse novo projeto, pois encontramos um jeito de trabalhar muito livre e inspirador. Ele está aberto a sugestões e experimentos.
