Desde 2010 sem vir ao Brasil, o guitarrista Richie Sambora toca nesta terça-feira em Porto Alegre, no Samsung Best of Blues, que será realizado no Pepsi On Stage. Porém, em vez de subir ao palco com o Bon Jovi, banda da qual fez parte por 30 anos, Sambora estará acompanhado da australiana Orianthi. Aos 31 anos, a guitarrista é conhecida por seus trabalhos com artistas como Carlos Santana, Alice Cooper e Michael Jackson - ela foi selecionada por este último para a turnê This is it, aquela que nunca chegou a ser realizada, tendo participado de todos os ensaios até a morte do Rei do Pop.
Há cerca de dois anos, Sambora e Orianthi se aproximaram e começaram a tocar juntos. O processo de construção da dupla - hoje chamada informalmente de RSO - e de uma carreira em comum ocorreu aos poucos. Conta Sambora que, diferentemente do que costuma ocorrer, ou seja, artistas lançarem álbuns e depois saírem em turnês, o RSO começou fazendo shows, nos quais testou a própria química - e deve estrear em disco ainda neste ano.
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A união dos dois guitarristas é marcada pelas vozes fortes e a mistura de rock, blues e country. No show em Porto Alegre - a dupla foi muito elogiada pelas duas apresentações que fez em São Paulo no fim de semana passado -, Sambora promete não decepcionar os fãs de seu tempo no Bon Jovi e tocar hits da banda. Mas levará também ao palco canções das carreiras solo sua e de Orianthi e covers de artistas que inspiram a dupla.
Nas redes sociais, Sambora agradeceu a recepção dos fãs brasileiros pelo show e pelas felicitações de seu aniversário (o músico está completando 57 anos hoje):
De férias em Saint Barth, no Caribe, na semana passada, Sambora e Orianthi conversaram com Zero Hora, por telefone:
Por 30 anos, Richie Sambora compartilhou o palco com os outros membros do Bon Jovi. Lançou três álbuns solo, mas seu projeto de maior alcance nesse período foi o Bon Jovi. Agora, é "o nome" à frente da banda. Qual é a diferença?Richie Sambora - Eu e a Orianthi estamos juntos e dividimos o palco, ou seja, nós dois estamos à frente desse projeto. E isso faz eu me sentir bem. Estou fazendo o que quero fazer. Estamos finalizando um álbum com o Bob Rock, amigo com quem fiz três álbuns do Bon Jovi - Slippery when wet, New Jersey e Keep the faith. O que posso dizer é que estamos muito contentes com o que estamos fazendo.
O que podemos esperar do disco? Já existe um nome para esse trabalho?Orianthi - Estamos muito ansiosos com o que construímos nesse álbum. Vai ser algo ímpar, que criamos juntos desde o início. Mas ainda não temos um nome definido. Temos algumas ideias, claro, mas nada está decidido ainda.
Sambora - Na verdade, nós temos dois álbuns prontos. Não iremos lançá-los ao mesmo tempo, mas a ideia é que isso ocorra ao longo dos dois próximos anos. Neles, os fãs vão encontrar rock, blues, um pouco de country e alguma coisa acústica também. Orianthi e eu nos conhecemos há dois anos e simplesmente começamos a tocar juntos em diversos lugares, como Japão e Austrália. Então, nossa música foi surgindo nesses momentos. A maioria dos artistas grava primeiramente um álbum e depois sai em turnê. Nós fizemos o oposto: saímos tocando e fomos gravando um álbum no meio disso. Percebemos que temos uma química incrível. Então, podemos dizer que esse processo deu muito certo.
Como vocês criaram o setlist desta turnê? É algo que vocês aplicam a todos os shows ou adaptam a cada apresentação? O que os fãs brasileiros podem aguardar?
Orianthi - Há algumas músicas que costumamos tocar juntos. Dependendo do show, escolhemos algumas entre elas.
Sambora - Estamos ansiosos pelos shows na América do Sul. Afinal, eu não vou para aí há muito tempo (último show de Sambora no Brasil antes do Samsung Best of Blues foi em 2010, junto do Bon Jovi, na turnê The Circle). E, para a Orianthi, será a primeira vez no Brasil. Estamos felizes de ver os fãs ansiosos, nos pedindo músicas pelo Twitter. Cada show é diferente do outro. Gostamos de misturar canções de várias épocas diferentes. Algumas vezes, tocamos músicas como Voodoo child (composta por Jimi Hendrix e lançada em 1968). Reuniremos boas faixas no setlist. Alguns hits do Bon Jovi (em São Paulo, eles tocaram Lay your hands on me, Wanted dead or alive, I'll be there for you, Livin' on a prayer e These Days), naturalmente, o que vai deixar as pessoas bem felizes. Vocês verão que as versões feitas por mim e pela Orianthi são realmente boas. Vamos ainda tocar canções dos meus álbuns solo e dos álbuns solo da Orianthi. Além de alguma coisa de blues, claro, afinal, trata-se de um festival de blues.
Terça-feira, às 21h
Pepsi on Stage (Severo Dullius, 1.995), em Porto Alegre
Ingressos: R$ 360 (pista VIP), R$ 280 (pista e mezanino). À venda, com cobrança de taxa, em livepass.com.br, e na loja My Ticket Moinhos (Mostardeiro, 800).
Sócio e acompanhante do Clube do Assinante têm 50% de desconto no ingresso.