A 35ª Feira do Livro de Gravataí, na Região Metropolitana, está sendo realizada junto à recém-inaugurada Rua Coberta, no centro da cidade. Vinte bancas expõem obras de literatura para todos os gostos e gêneros, especialmente para o público infantil. A edição deste ano, que se encerra neste domingo (30), tem como tema Patrimônio: vendo nossa história.
A atendente da Libretos Editora, Leticia Barbosa, 25 anos, conta quais livros têm sido mais procurados pelos visitantes.
— Estão saindo bastante A enchente de 41 e 20 Relatos Insólitos de Porto Alegre, ambos do Rafael Guimaraens, e o livro infantil A Lanceirinha, de Ângela Xavier — compartilha a vendedora.
Neste sábado (29), a reportagem de Zero Hora circulou pela Feira do Livro, que foi aberta no dia 26. No mesmo dia, houve a inauguração da Rua Coberta, que concentra diversos pontos gastronômicos e comerciais.
Durante esta tarde, era intensa a movimentação de pessoas, todas bem agasalhadas com casacos, mantas e gorros em função do vento. Muitos acompanhavam uma apresentação teatral no Teatro Sirmar Antunes. Cerca de 60 atividades culturais estão sendo realizadas durante o período da feira.
O escritor Renato Moreira, 59, já publicou quatro livros. Segundo diz, todos estão na segunda edição. Ele exibia o livro A Joaninha Voadora, também de sua autoria.
— A Joaninha Voadora foi inspirado em uma cachorrinha que eu tinha na década de 1970. É muito bom conversar e explicar para as pessoas como eu fiz — relata.
A auxiliar de produção Eduarda Moura, 19, escolheu o livro Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, para levar para casa. Ela já possui outros exemplares do clássico, mas decidiu levar mais um para sua coleção.
— Acho maravilhoso e emocionante o povo se unindo e dando as mãos — comenta ela sobre as dificuldades vividas pelos gaúchos durante a enchente de maio.
Neste ano, a patrona da Feira do Livro de Gravataí é a historiadora e professora Véra Lucia Maciel Barroso, que tem mais de 50 livros publicados e coordena o Arquivo Histórico da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, além de ter sido uma das idealizadoras do Centro Histórico-Cultural da instituição de saúde.
— Depois de toda essa tragédia (enchente no RS), nada melhor do que se encontrar com a literatura, com os autores e ter mais de 60 atividades culturais durante os cinco dias. Vivenciar a Feira do Livro é um alívio — reflete a patrona, completando: — Ser patrona de uma feira, neste momento, é de um significado ímpar.
Na Rua Coberta, que conta com 41 empreendimentos para o público, as pessoas aproveitavam para conhecer os espaços e fazer lanches. A profissional de comércio exterior Janine Fontella, 38, passeava com o afilhado José, de oito anos. Ela já tinha comprado dois livros infantis para o menino.
— Achei bem legal os espaços gastronômicos. Estávamos precisando, porque aqui em Gravataí não temos muitos — observa.
Neste domingo, a feira começa às 9h e termina às 19h. No Teatro Sirmar Antunes, haverá apresentação da escola de samba Acadêmicos de Gravataí. Além disso, serão realizados bate-papos com autores, sessões de autógrafos e outras atrações culturais. Os eventos são gratuitos.