Thalita Rebouças é um fenômeno editorial que se traduz em números: 20 anos de carreira, 25 livros publicados, mais de dois milhões de exemplares vendidos. A escritora é um fenômeno e figura como ídolo de milhares de adolescentes.
No ano em que completa duas décadas de carreira, Thalita assina o roteiro de Pai em Dobro, filme protagonizado por Maisa Silva que estreia em janeiro na Netflix. E, agora, a autora faz o caminho inverso. Depois de ter vários de seus livros adaptados para o cinema, é esse filme que vira livro, já à venda em todo o país (Rocco, R$ 26,87). A queridinha dos adolescentes responde a três perguntas da coluna.
Você sempre quis escrever para o público jovem?
Eu não queria escrever para o público jovem. Meu primeiro livro, Traição entre Amigas (Rocco, R$ 12,13), mirava em um público de jovens adultos, de 18 a 25 anos, mas quem amou foi a galera de 11 a 13 anos. A reação à minha escrita é que me fez querer escrever para essa turma. Quem me escolheu foi o público, que me faz muito feliz há 20 anos.
Você se surpreende com a repercussão de suas obras junto aos adolescentes?
Eu não me surpreendo mais (risos). No começo, me surpreendi, mas depois que vi que meu público gostava de mim, acho que eu ficaria surpresa se eles não gostassem, tamanho é o nosso diálogo.
Acha que os adolescentes têm lido mais nos últimos anos? Se sim, sente-se um pouco responsável por isso?
Sim, os adolescentes estão lendo cada vez mais e me sinto parte disso, modéstia à parte (risos). Quando comecei, há 20 anos, o mercado infanto-juvenil estava bem morninho e, depois que meus livros começaram a fazer sucesso, foi muito bacana ver o movimento das editoras investindo em autores que escreviam para esse público. Fico muito feliz de ver que o jovem anda lendo cada vez mais, que sou lida há tanto tempo e que, de alguma forma, pude abrir portas para tantos outros autores. Me sinto feliz e lisonjeada.