Carlos André Moreira
Virou convenção nos últimos anos no mercado editorial a ideia de que um livro de contos precisa de uma unidade para ser bom. Aranhas, coletânea que o escritor catarinense Carlos Henrique Schroeder está publicando neste início de março, parece, à primeira vista, revelar o quanto isso tem de arbitrário, já que o mote “aracnídeo” de seus contos é tênue e parece aleatório. A progressão da leitura desmente a impressão. Ao nomear um livro em homenagem a predadoras implacáveis, Schroeder deixa claro um dos motivos recorrentes da sua obra: a violência tácita das relações contemporâneas.
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre:
- literatura