O escritor porto-alegrense Reginaldo Pujol Filho lança hoje, às 19h, na Livraria Taverna (Rua Fernando Machado, 370), seu quarto livro, Não, Não É Bem Isso (Não Editora, 160 páginas, R$ 44,90). É uma coletânea de 12 contos em que Pujol amadurece uma marca presente em seu trabalho desde a estreia: a mescla de uma prosa ágil e precisa com experimentações de tema e forma.
Já no livro de estreia, Azar do Personagem (2007), Pujol fazia da metalinguagem e da paródia de gêneros tradicionais a pedra de toque. Quero Ser Reginaldo Pujol Filho (2010), sua segunda coletânea de histórias curtas, enfileirava paráfrases de forma e de conteúdo de 10 autores que Reginaldo considerava basilares para sua formação.
– Gosto de experimentar com o formato, de ser, mais do que autoconsciente, autoquestionador. De estar sempre perguntando o que é um conto. E se eu tentar isso ou aquilo, ele continua sendo um conto? – comenta o autor.
Depois de um romance, Só Faltou o Título, elaborado como dissertação de mestrado em Escrita Criativa, Pujol Filho apresenta, em seu quarto livro, uma nova coletânea de histórias curtas. Para o autor, não é, no entanto, um “retorno” ao conto.
– Não sei dizer se é uma volta porque não deixei de fazer. Esse livro reúne uma produção realizada ao longo de um tempo bem longo. Tem contos ali escritos entre 2008 e 2017. É um apanhado de textos que fui produzindo de modo avulso, alguns deles escrevi enquanto fazia o romance – diz.
Não, Não É Bem Isso reúne 12 histórias. O texto de abertura é construído com uma coloquialidade tributária de Rubem Fonseca. O conto Experiência nº 12 é um exercício de tom insólito. A narrativa Ato Único se apropria do teatro como forma e como tema, enquanto Síndrome de Amnésia Induzida (SAI) é uma ficção científica contada na forma de um verbete de Wikipedia.