Quem passa pela Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre, já percebe traços da próxima Feira do Livro. Isso porque, faltando 20 dias para o início da mostra, o esqueleto das tendas já foi levantado. Nesta sexta-feira (12), uma equipe trabalhava para erguer as estruturas metálicas que acomodarão os livreiros de 1º a 18 de novembro.
De acordo com Jussara Haubert Rodrigues, da Câmara Rio-grandense do Livro, a montagem do evento seguirá até o final do mês.
— É a Feira já chegando à praça — comemora, salientando que a infraestrutura estará finalizada até a abertura.
Em junho, a Prefeitura chegou a emitir um boleto, no valor de R$ 179,8 mil, cobrando da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL) o aluguel da Praça da Alfândega. A entidade é a responsável pela promoção da Feira. O valor foi contestado pelos organizadores. Apenas em setembro, o governo Nelson Marchezan autorizou que a 64ª edição ocorresse em seu tradicional espaço público sem custos.
Para viabilizar a isenção de cobrança de uso do espaço, o evento foi enquadrado, pela Prefeitura, como um "bem cultural de natureza imaterial". Além disso, os custos relativos aos serviços de tecnologia da informação (TI) – feitos pela Procempa – e de limpeza urbana do DMLU foram permutados com a CRL. Os organizadores compensaram o custo de R$ 17,8 mil da Procempa com a entrega de livros para escolas municipais e bibliotecas, a partir do valor de capa das obras. O valor de R$ 22,1 mil da limpeza urbana foi convertido em estandes para a Prefeitura no evento.