Desde que se radicou no Brasil, em 1984, a professora de literatura e filosofia da UFRGS Kathrin Rosenfield, de origem austríaca, surpreendeu-se com a permanência do mito de Antígona no imaginário latino-americano, do movimento das Mães da Praça de Maio, na Argentina, ao pensamento de Sérgio Buarque de Holanda, no Brasil. Chamou sua atenção certa apropriação ideológica da personagem como símbolo da luta dos oprimidos contra os opressores – na tragédia de Sófocles, Antígona defende o direito de enterrar o irmão Polinice, contra a vontade do rei Creonte.
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