A ventania, desta vez, não pareceu incomodar: no feriado de Finados, os corredores da Praça da Alfândega estiveram cheios de leitores que bisbilhotavam estandes e balaios atrás de algo que lhes aprouvesse.
Entretanto, como não apenas de livros é feita a Feira do Livro, a quarta-feira foi dia de agrupar apaixonados. Às 16h30min, na Sala Leste do Santander, dezenas de fãs dos Engenheiros do Hawaii esperavam, pacientes, o início da discussão entre Alexandre Lucchese, autor de Infinita highway: Uma carona com os Engenheiros do Hawaii, e o jornalis Rodrigo Oliveira, do site Papo de Cinema. Eles falaram sobre o processo de pesquisa e produção para o livro.
Perguntado sobre por que acompanhar, além da obra dos próprios Engenheiros, livros sobre a obra da banda, o estudante de psicologia Plínio Chaves, 29 anos, foi todo elogios. Com cerca de 15 show de bagagem – entre apresentações de Engenheiros do Hawaii, Pouca Vogal e shows solo de Humberto Gessinger, ele disse acreditar que as canções de Gessinger são apenas "parte do que ele consegue representar":
– O cara é um gênio no nível de Cazuza, e eu tenho a oportunidade de coexistir com ele – disse Plínio, leitor assíduo de entrevistas e crônicas do frontman da EngHaw e que naturalmente se interessa e procura por reportagens e por histórias sobre a banda.
Um pouco depois, às 17h, foi a vez de outra paixão tomar a praça de autógrafos: uma fila aguardava a assinatura do jornalista Léo Gerchmann, que autografou Viagem à alma tricolor em sete epopeias, em que narra um pouco da história gremista por meio de sete partidas memoráveis.
De volta à música, a noite foi dos fãs de Jupiter Apple. às 19h, Juli Manzi autografou Odisseia e devaneios de Jupiter Apple, livro que reconta a trajetória do músico gaúcho morto em dezembro de 2015. Um pouco antes, às 18h30min, o Teatro Carlos Urbim encheu para ver a fala do autor, que foi seguida por um pocket show em homenagem ao fundador de TNT e Os Cascavelletes.