Namorados, os atores Fernanda Vasconcellos e Cássio Reis vivem um segundo relacionamento no palco com Enfim, nós, peça que estreia em Porto Alegre nesta sexta. Em turnê pelo Brasil, a produção conta a história de um casal que fica preso no banheiro no Dia dos Namorados. Mesmo morando juntos há um ano, eles se veem obrigados, pela primeira vez, a discutir a relação de verdade. Ciúmes, cobranças, manias, tesão e segredos vêm à tona, enquanto a dupla tenta desesperadamente sair do banheiro.
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A comédia romântica foi escrita por Bruno Mazzeo (de Cilada) e Cláudio Torres Gonzaga (Sob nova direção). Passou por diversas cidades em quase 10 anos de carreira. Neste período, diversos atores fizeram parte do elenco, entre os quais Fernanda Souza, Fabíula Nascimento, Regiane Alves, Fernanda Rodrigues e o próprio Mazzeo.
Fernanda Vasconcellos e Cássio Reis assumiram a peça no ano passado. Trabalhando juntos pela primeira vez no teatro, os dois levam a química da vida real às cenas, por mais que personagens e situações sejam ficcionais. As vozes de Luciano Huck, Heloísa Perissé e Leandro Hassum também são ouvidas em participações especiais em off.
Entrevista com Fernanda e Cássio
Para vocês, qual o ponto forte deste espetáculo?
É a identificação do público com a história desse casal. Entre uma risada e outra, Enfim, nós te faz refletir sobre a importância de conhecer verdadeiramente quem escolhemos para dividir a vida, respeitando e valorizando as diferenças e preferências.
Como aconteceu o convite? Vocês pensaram que seria uma boa ideia trabalhar juntos desde o início ou tiveram que pensar sobre o assunto?
O convite aconteceu através da Regiane Alves, que já havia participado da peça e nos indicou para a produtora do espetáculo Lúcia Souza. Pensamos e repensamos sobre o assunto, como toda decisão que tomamos em todas as questões que envolvem nossa vida profissional e pessoal. Estamos muito felizes com nossa escolha.
Por serem um casal, vocês dão mais opinião no trabalho do outro do que estão acostumados em outras produções?
Como todo trabalho, temos nossas visões individuais e opinamos positivamente em prol do trabalho em equipe como um todo. Temos liberdade e intimidade para opinar. Nossa criatividade em cena é sempre motivo para trocarmos ideias e evoluirmos. É uma vantagem, estamos somando esforços com o mesmo foco, isso propicia uma compreensão mais profunda dos desafios apresentados na vida profissional de ambos.
Mas o ideal é que os casais que trabalham juntos busquem resolver as questões de casa em casa e as do trabalho no trabalho, adotando estratégias de conciliação de tempo e espaço.
Depois da experiência, vocês pretendem trabalhar juntos mais vezes?
Tem sido uma experiência produtiva. Embora consigamos separar casa de trabalho, levamos a parceria e o companheirismo que temos aos palcos.
Se outras oportunidades de trabalho surgirem, assim como essa, avaliaremos os prós e contras e decidiremos mutuamente.
Como é interpretar um personagem que outros atores já interpretaram? Como foi esse trabalho de apropriação dos personagens?
É prazeroso porque veio para somar com experiências que buscamos na carreira, experimentando várias possibilidades, livres de preconceitos e esteriótipos para fortalecer cada vez mais nosso ofício. Desenvolvemos a história desse casal junto com o diretor Claudio Torres Gonzaga, que também é um dos autores e conhece a peça minuciosamente. Isso facilitou o entendimento dos personagens e nossos estudos.
Enfim, nós
Sexta, às 21h, e domingo, às 18h.
Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº).
Ingressos: De R$ 40 a R$ 80. Pontos de venda: bilheteria do teatro (sexta, das 13h até o horário do espetáculo), amanhã e domingo (a partir das 15h) e no site compreingressos.com.