Gilmar José Agostini, porteiro do prédio do Rio de Janeiro onde o ator Victor Meyniel foi espancado, no sábado (2), foi autuado por omissão de socorro. A informação é do portal g1.
Imagens das câmeras de segurança do edifício que flagraram o crime mostram que o funcionário continuou sentado e, inclusive, tomando café enquanto Yuri de Moura Alexandre agredia o artista de 26 anos na sua frente. Yuri foi preso em flagrante pouco tempo depois da agressão, que ocorreu por volta das 8h.
Para o g1, a delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP Copacabana, relatou não ter sido bem tratada pelo funcionário. Ela chegou ao prédio acompanhada de uma oficial de cartório.
— Ao chegarmos ao prédio, ele já foi nos atendendo muito mal, falando que não viu nada, que não sabia de nada e que não ia se meter. Ele interfonou para o síndico, dizendo que "uma mulher estava lá fora", mas não era nenhuma mulher, eram duas autoridades devidamente identificadas — contou.
Em seguida, Gilmar foi conduzido para a delegacia.
— Sabíamos que tinha alguma coisa. Fomos ver as imagens e ficamos perplexas — disse a delegada. — Ele viu tudo e não fez nada. Ele não precisava se meter na briga, claro, pela integridade física dele, mas ele tinha o dever de pedir socorro.
— Ele disse que depois interfonou para o síndico, como se o síndico fosse alguma autoridade capaz de fazer alguma coisa naquele momento. Ele deveria ter saído, sim, e pedido ajuda para qualquer pessoa, a polícia, um transeunte, ou ligado para o 192. Mas ele não poderia ficar tomando café, assistindo à pessoa apanhar daquele jeito — acrescentou.