A morte de Jack, personagem de Leonardo DiCaprio em Titanic, causou discussão ao longo dos anos por parte de fãs que acreditam que ele não precisava ter morrido em uma das cenas finais do clássico, quando Rose (Kate Winslet) boia em um destroço do navio enquanto ele entra em hipotermia na água gelada. Mesmo 25 anos depois do lançamento do filme, o diretor James Cameron afirma que pretende rebater as críticas ao destino do personagem em um documentário para a TV.
— Nós fizemos um estudo científico para cravar uma estaca no coração e acabar de uma vez por todas com essa história. ... Talvez eu não tenha feito isso de uma maneira que todos compreenderiam, mas Jack tinha de morrer. É simples assim. Se eu tivesse que ter feito a porta menor, ela seria menor — disse James Cameron ao jornal canadense The Toronto Sun durante uma entrevista para divulgação de Avatar - O Caminho da Água.
Questionado se teria se arrependido de ter matado o personagem Jack Dawson, o cineasta respondeu:
— Não, ele precisava morrer. É como Romeu e Julieta. É um filme sobre amor e sacrifício e mortalidade. O amor medido pelo sacrifício.
A ideia é que o tal estudo científico a que James Cameron se refere vá ao ar no canal National Geographic simultaneamente à exibição de uma versão remasterizada de Titanic, que estreia nos Estados Unidos em 14 de fevereiro de 2023, data que marca o Dia dos Namorados no país.
— Talvez... Talvez após 25 anos, eu não tenha mais de lidar com isso — desabafou.
Não é a primeira vez que o diretor retomará o filme, que foi um marco em sua carreira. Em 2017, ele lançou outro documentário, Titanic: 20th Anniversary, revisitando os escombros do navio com mergulhadores.