A ator gaúcho Sirmar Antunes morreu na manhã deste sábado (6), aos 67 anos, na Casa do Artista Riograndense, onde estava morando. Com quase 50 anos de carreira no teatro e no cinema do Estado, o artista teve um infarto por volta das 6h e não resistiu.
O velório e o sepultamento devem ocorrer no Cemitério Ecumênico João XXIII, mas ainda não há informações sobre horários.
Sirmar Antunes era natural de Porto Alegre. Iniciou sua carreira artística como ator de teatro, nos anos 1970. Morou em São Paulo, onde trabalhou na TV Bandeirantes e na Casa Aberta Leide das Neves, como voluntário, tornando-se arte-educador para jovens de menor renda, na área do teatro.
No cinema, integrou o elenco de obras clássicas como O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, Netto Perde sua Alma e Lua de Outubro, e era considerado o símbolo dos lanceiros negros. No Festival de Cinema de Gramado do ano passado, recebeu o troféu Leonardo Machado pela sua carreira no cinema gaúcho. "Com este prêmio, pretendemos fazer jus à inestimável contribuição de Sirmar Antunes para o cinema gaúcho: um ícone, cuja história se confunde à de nosso cinema e cuja imagem está eternizada em tantas obras que marcam nossa produção", justificou o júri do evento.
Sirmar era chamado de "operário das artes" porque desempenhou, na sua carreira artística, funções como iluminador e diretor. Ele retratou parte da história do povo e dos artistas negros no Rio Grande do Sul.
Pelas redes sociais, a Casa do Artista Riograndense lamentou a morte de Sirmar e também está pedindo doações para cobrir os custos do velório do artista.