O diretor de Casa Gucci, Ridley Scott, respondeu as críticas dos herdeiros da grife de moda sobre o filme. Em uma carta aberta, eles acusam a produção de retratar a família como "hooligans, ignorantes e insensíveis ao mundo a seu redor" e ameaçam processar Scott.
O filme é baseado em um dos acontecimentos mais marcantes da década de 1990 na Itália, o assassinato de Maurizio Gucci (interpretado por Adam Driver) a mando de sua ex-esposa Patrizia Reggiani (vivida por Lady Gaga). Na carta aberta, os Gucci afirmam que se sentiram particularmente ofendidos com a descrição de Reggiani "como vítima".
— Tentei ser o mais respeitoso possível, sendo o mais factual possível, e tão factual quanto podemos imaginar — disse o diretor, em entrevista ao portal Total Film. — O tempo e o espaço, às vezes, têm que ser pulados por causa da natureza da duração do filme — ponderou.
Esta não é a primeira vez que a família critica o longa. À Associated Press, Patrizia Gucci, neta de Aldo Gucci, disse que se sentiu ultrajada com a caracterização de Al Pacino como o avô, dizendo que o ator "não é muito alto, e está gordo, baixo, com costeletas, muito feio" no filme. Ridley Scott disse que as declarações foram "alarmantemente insultuosas".
— Francamente, como eles poderiam ser mais bem representados do que por Al Pacino? Com licença! Você provavelmente tem os melhores atores do mundo, você tem muita sorte.
A família também disse que se sentiu "ofendida" com a caracterização de Jared Leto como Paolo Gucci.
— Não há muitas filmagens de Paolo. E então o filme tinha que ser, até certo ponto, imaginado, mas claramente Paolo era um homem muito colorido e extravagante — respondeu Scott. — A extravagância de Paolo foi bem capturada. E como isso pode ser ofensivo? Prestamos atenção para não exagerar, se pudermos evitar.
— A história, de uma forma engraçada, é uma sátira. E, portanto, a sátira é realmente uma maneira elegante de dizer que é uma comédia. E eu acho que muito disso é cômico.