Uma pesquisa da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos, apontou que as mulheres têm ocupado um espaço maior nas conduções de filmes. De acordo com o estudo, que foi divulgado pela revista Variety, mulheres representaram 16% do número de diretores que trabalharam nos cem filmes de maior bilheteria do ano.
A porcentagem é a maior já registrada pelo estudo, lançado anualmente há mais de duas décadas. Em 2019, mulheres dirigiram 12% dos filmes mais lucrativos do ano, e em 2018 foram apenas 4%.
As mulheres que trabalharam nestes filmes como diretoras, escritoras, produtoras executivas, produtoras, editoras e cinegrafistas representam 21% do total de suas equipes. A supervisora da pesquisa, Martha Lauzen, disse, em comunicado, que este crescimento é positivo, mas ressalta a desigualdade entre os gêneros na composição dos quadros de funcionários das produções.
"A boa notícia é que agora vimos dois anos consecutivos de crescimento para as mulheres na direção, o que quebra um padrão histórico no qual os números tendem a subir um ano e cair no outro. A má notícia é que 80% dos melhores filmes ainda não têm uma mulher no comando".
A apuração dos dados também aponta que, naquelas equipes que têm uma mulher na direção, existe uma tendência maior para contratar outras mulheres para outros cargos relevantes no set.
Com relação a Hollywood, as informações são de que 67% dos principais filmes contrataram de zero a quatro mulheres para desempenhar papéis relevantes nos bastidores. Por outro lado, mais de 70% dos filmes principais empregaram 10 ou mais homens como diretores, escritores e outras funções importantes.