Daniel Feix
Após atravessar a Argentina, o jovem Martín Nunca chega a uma Buenos Aires inteiramente inundada por águas turvas misturadas a lixo e esgoto. De barco, percorre a cidade submersa. Vê cartazes fixados em muros que ainda restam secos: “Submergindo, mas com muita esperança”. Em seguida, depara com uma representação caricata de Carlos Menem, o então presidente da República. É um clown, sorridente, vestindo terno branco e pés de pato. É o responsável pelo caos e, também, foco improvável da esperança daqueles que ainda não sucumbiram, afogados.
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