Lançado recentemente pela Netflix, o documentário O Dilema das Redes tem sido recebido com apreensão pelo público. Na obra, redes sociais e aplicativos são colocados contra a parede por alguns de seus criadores.
Ao longo de 93 minutos, a produção aborda o lado nocivo dessas plataformas, com a coleta massiva de dados e efeitos no comportamento de cada usuário e da sociedade.
Os colunistas de GZH Martha Medeiros, Rodrigo Lopes e Ticiano Osório apresentam diferentes opiniões sobre o documentário, mas todos concordam com a importância de assisti-lo. Confira, abaixo, três sobre O Dilema das Redes:
Martha Medeiros - parecia um filme de terror
"Quando a gente era criança, nossas mães nos proibiam de aceitar balas de estranhos: vá que dentro houvesse alguma substância tóxica. Dessa maneira, evitavam que nos tornássemos vítimas de traficantes imaginários. Mas foi questão de tempo até que outro tipo de intoxicação nos contaminasse. Somos a última geração a vivenciar a era analógica antes de entrar na era digital. As crianças de hoje não tiveram a mesma sorte, se lambuzam com tecnologia desde cedo, e quem vai tirar o doce da mão delas? Tente". Leia o texto completo.
Rodrigo Lopes - documentário mostra o lado mais sombrio das plataformas digitais
"O colossal conhecimento que as plataformas detêm de nossos gostos, comportamentos e emoções é ilustrado no filme com seres humanos e de como eles podem manipular algoritmos para que nos sintamos felizes, tristes, com raiva — mas, acima de tudo, que nos mantenhamos conectados (daí o truque de mostrar as reticências enquanto alguém está digitando uma mensagem, a fim de manter a atenção, algo que, segundo especialistas, ativa a ansiedade). Leia o texto completo.
Ticiano Osório - o documentário que todos devemos ver
"O Dilema das Redes, na Netflix, é o documentário que todos devemos ver. Todos nós que lidamos direta — como usuários — ou indiretamente (como pais, filhos, irmãos, companheiros, amigos etc) com as mídias sociais. Todos os que sofremos por antecipação: quantos vão curtir meu post?; vão curtir meu post?; ninguém curtiu meu post, e agora, o que eu faço da vida? — e se nós, adultos, somos afetados, imagine crianças e adolescentes, desde cedo expostas a esses tribunais da autoestima". Leia o texto completo.