A estreia de O Escândalo é um bom momento para medir o quanto a temperatura política da indústria de entretenimento mudou desde o fim do século passado. A primeira vez que uma grande produção hollywoodiana abordou o assédio sexual em ambientes corporativos foi em um filme de 1994, adaptação de um romance de Michael Crichton no qual o decente Michael Douglas era acuado por sua chefe Demi Moore – uma premissa que ignorava a estatística: homens não só praticam a maioria dos assédios como havia menos mulheres em cargos executivos naquela época. Um quarto de século depois, O Escândalo chega para tornar filme um caso real em tempos de movimento #metoo.
Assédio nos bastidores
“O Escândalo” reconstitui caso real das denúncias de abuso que levaram à queda de diretor de TV americana
Longa-metragem está indicado a três categorias do Oscar
Carlos André Moreira
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