Extremamente perverso, chocantemente maligno e vil. A cinebiografia de Ted Bundy, responsável pela morte de mais de 30 mulheres e considerado um dos maiores serial killers da história dos Estados Unidos, nem foi lançada e já despertou uma série de críticas. No centro da discussão está a escolha do galã Zac Efron para viver o assassino.
Simpático demais para a audiência: está foi a percepção do público no Sundance Film Festival. O temor é que Efron, que ficou famoso graças à franquia juvenil High School Musical, seja romantizado pelos telespectadores e que eles não compreendam o horror da história retratada. A situação é ainda mais delicada porque Ted era conhecido por seu charme e inteligência, que usava para enganar suas vítimas.
Kathy Kleiner Rubin, uma das sobreviventes do assassino, garantiu em entrevista ao site norte-americano TMZ que não vê problema em um filme mostrar a trajetória de Ted, desde que ele não seja glorificado e as pessoas vejam que ele não era uma pessoa normal.
"Eu acho que todos deveriam ver o filme e compreender quem ele realmente era, mesmo quando estava sendo o filho perfeito. Eu tenho esperanças que o filme vai fazer as mulheres ficarem mais alertas ao mundo ao seu redor e ser cuidadosas", declarou Kathy.
Já o diretor de Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile, Joe Berlinger, argumentou que o ponto da produção é justamente mostrar que qualquer um pode ser um assassino, mesmo aqueles que não despertam nenhuma suspeita.