Na delegação francesa que veio ao Brasil, na semana passada, apresentar no Rio de Janeiro a edição 2018 do Festival Varilux, estavam o diretor e a protagonista de O Poder de Diane, que tem sessão hoje, às 18h45min, no Guion Center.
O filme de Fabien Gorgeart conta a história de Diane (Clotilde Hesme), mulher que topa ser barriga de aluguel para um casal de amigos gays. Em meio a esse processo de transformação em sua vida, ela acaba engatando um novo relacionamento amoroso, tempero extra no peculiar círculo de afetos que a envolve.
– Criei a personagem da Diane para a Clotilde – disse Gorgeart em entrevista a ZH. – Conheci ela num curta, gostei muito do humor e da energia que exalava. Diane é uma personagem que não leva nada muito a sério e vai sendo leve até quando, de repente, as coisas mudam.
Clotilde falou sobre seu trabalho:
– Questionamos um pouco a definição de um homem e de uma mulher. E brincamos muito com a parte feminina de um homem. Como, por exemplo, os personagens gays que querem ter um filho, e a personagem feminina que não tem instinto materno. Eu não acredito muito no instinto materno. Acho que ele é construído com o passar do tempo e é uma criação dos homens.
Para Clotilde, que na vida real é mãe, o filme busca mostrar “uma nova mulher, que não depende do amor de outras pessoas, não precisa se apoiar em alguém para desabrochar”.