Maior evento mundial dedicado a promover o cinema francês, o Festival Varilux apresenta de quinta (7) a 20 de junho, em 61 cidades brasileiras, 20 filmes de recente safra e inéditos no circuito comercial. Como é tradição, o pacote traz um clássico com cópia restaurado: Z, de Costa-Gavras, que terá sessão neste domingo (10), às 18h25min, no Espaço Itaú – a programação em Porto Alegre envolve ainda o Cinemark BarraShopping, o Guion Center e a Sala Redenção.
Caxias do Sul, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Uruguaiana também abrigam o festival. Conheça abaixo 10 dos 20 filmes da seleção 2018, ilustrativos da diversidade de gêneros e temas abordados: tem documentário, cinebiografia, animação, drama e comédia, que falam da França dos aristocratas e grandes artistas ao país de um presente multicultural – e com feridas abertas pela conturbada relação que vive com os imigrantes de suas antigas colônias.
Primavera em Casablanca
Com direção de Nabil Ayouch, este filme sintetiza em cinco histórias localizadas em diferentes épocas no Marrocos o conflito entre tradição e modernidade, repressão e liberdade. O choque geracional, reforçado por elementos políticos e religiosos, acaba se refletindo nos usos e costumes dos imigrantes que chegam à Europa.
O amante duplo
François Ozon é um dos mais prolíficos diretores em atividade. Em 2017, o Varilux trouxe seu drama de época Frantz. O Amante Duplo destaca Marine Vacth e Jérémie Renier na trama sobre uma jovem que se apaixona por seu psicoterapeuta, que não é bem quem ela pensa ser.
Gauguin – Viagem ao Taiti
No Varilux 2017 teve uma cinebiografia do escultor Auguste Rodin. Agora é o pintor Paul Gauguin, vivido por Vincent Cassel. Foco no ano de 1891, quando ele, querendo se afastar dos códigos morais e estéticos em voga na Europa foi buscar inspiração no Taiti. De Edouard Deluc.
O Último Suspiro
O filme de Daniel Roby investe na ficção científica para mostrar Paris diante de uma catástrofe. Um nevoeiro misterioso e mortal envolve a cidade, levando os sobreviventes a se refugiarem em terraços e telhados dos prédios. Romain Duris e Olga Kurylenko estão no elenco.
A Raposa Má
O longa de Benjamin Renner e Patrick Imbert venceu o César (o Oscar francês) de melhor animação em 2018. Realizado com pinturas em aquarela, apresenta raposa que pensa que é galinha, um coelho que se faz de cegonha e um pato que quer tomar o lugar de Papai Noel.
O orgulho
Yvan Attal, marido da atriz e cantora Charlotte Gainsbourg, dirige esta comédia dramática sobre um tema quente. O grande Daniel Auteuil vive um professor racista obrigado a treinar estudante de Direito de origem magrebina (Camélia Jordana) em concurso de retórica.
Promessa ao Amanhecer
Charlotte Gainsbourg tem destaque na cinebiografia vivendo a mãe que foi a grande inspiração do escritor Romain Gary (Pierre Niney). Da infância pobre na Polônia à consagração como romancista, Gary foi também piloto de avião na II Guerra e diplomata. Direção de Eric Barbier.
Carnívoras
Leïla Bekhti e Zita Hanrot vivem duas irmãs. A mais velha sonha e se prepara para ser artista, mas é a caçula quem se torna uma atriz famosa. O conflito familiar reserva um reviravolta mais adiante. Direção dos irmãos Jérémie e Yannick Renier.
O Retorno do Herói
Jean Dujardin e Mélanie Laurent estrelam este filme ambientado no começo do século 19. É um comédia farsesca sobre a relação de amor (dele) e ódio (dela) entre um militar falastrão que posa de herói e a tímida mocinha a quem quer impressionar. De Laurent Tirard.
A Busca do Chef Ducasse
O documentário de Gilles de Maistre tem como personagem o chamado "chef dos chefs". Alain Ducasse dono de 23 estrelados restaurantes é acompanhado em suas viagens pelo mundo, em que passa adiante – e segue aprendendo – seus peculiares conceitos de gastronomia.
