Noite de sexta-feira. Fumando um cigarro, em pé diante da balaustrada, o ator Fernando Alves Pinto contempla as linhas solenes de uma das paredes do Palácio Piratini. Passam-se alguns segundos e Cleo Pires, trajando um tailleur de lã cinza, se aproxima. Ambos estão agora no centro de um semicírculo formado por sacos de aniagem e ladeado por duas metralhadoras. O diálogo é tenso, e versa sobre esperanças em um momento de grande risco. Cleo depõe a bolsa preta que carregava no parapeito, próximo da grande metralhadora dinamarquesa à sua esquerda. É aí que a voz do diretor de cinema Zeca Brito interrompe o ensaio para dizer que a bolsa ficaria melhor mais para a direita, entre os dois atores.
Amor e revolução
Palácio Piratini é cenário para filme sobre o movimento da Legalidade
Filme estrelado por Cleo Pires, Fernando Alves Pinto e Leonardo Machado combina personagens fictícios e protagonistas reais do episódio ocorrido em 1961, como Leonel Brizola
Carlos André Moreira
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