Uma das obras de arte mais famosas do mundo, a Mona Lisa é também uma das que mais sofreu. Ao longo de sua história, a peça renascentista já foi roubada, pichada e atacada com itens como uma xícara, e, mais recentemente, uma torta.
No domingo (29), a pintura de Leonardo da Vinci foi vandalizada por um visitante que entrou disfarçado no Museu do Louvre, em Paris, e jogou um bolo na obra — que não chegou a ser danificada, já que está protegida por uma película de vidro à prova de balas.
A intenção e a identidade do invasor não foram reveladas. Em um dos vídeos que se tornaram virais, o agressor aparece, de peruca e boné, fazendo proclamações a favor da proteção do planeta, enquanto os guardas do museu o expulsam da sala.
Embora o caso chame atenção, não é a primeira vez que algo do tipo acontece à obra, que hoje recebe cerca de 30 mil pessoas por dia. A seguir, GZH relembra outras vezes em que a pintura foi vandalizada por visitantes:
Xícara de chá
O caso mais recente de vandalismo havia sido registrado em 2009, quando a Mona Lisa foi atacada com outro item de café da manhã: uma xícara de chá. Na ocasião, uma turista russa atirou o objeto de porcelana em direção ao quadro, danificando o vidro que o protege.
Os seguranças do Louvre prenderam imediatamente a mulher, que foi levada para a delegacia. Depois, conforme a imprensa internacional, ela revelou a ação foi motivada após ter a cidadania francesa recusada.
Pichação
Antes disso, em 1974, a Mona Lisa sofreu um ataque enquanto estava exposta no Museu Nacional de Tóquio. Na ocasião, uma jovem espirrou uma tinta spray vermelha sobre o quadro, em protesto à proibição, por parte do local de exposição, do acesso para pessoas com deficiência. Segundo noticiou o jornal Sarasota Herald-Tribune, na época, ela foi presa imediatamente e a obra não foi danificada.
Ácido e pedra
Conforme o El País, em 1956, a Mona Lisa sofreu dois ataques: um com ácido e outro com uma pedra. No primeiro, um homem atirou ácido sobre a obra enquanto ela estava sendo exposta em um museu em Montauban, na França. A parte debaixo da tela ficou severamente danificada e precisou ser restaurada.
Mais tarde, no mesmo ano, um homem boliviano atirou uma pedra contra o quadro. O ataque lascou o vidro e danificou uma parte no cotovelo esquerdo do retrato, que foi posteriormente pintado.
Roubo
Em 1911, a Mona Lisa foi roubada do Louvre e ficou dois anos desaparecida. O ladrão, identificado como Vincenzo Perrugia, era um funcionário do museu e havia escondido a pintura em seu apartamento até entrar em contato com a Galeria Uffizi, em Florença, para tentar vendê-la, quando foi descoberto.
Uma animação no canal do Louvre no YouTube explica como Perrugia executou o crime. Ele havia recebido a tarefa de fazer uma vitrine para proteger a Mona Lisa e, na hora de fechar o museu, em 20 de agosto de 1911, ficou escondido com dois cúmplices em um depósito do local. No dia seguinte, quando o espaço estava fechado, pegou a pintura e conseguiu sair sem ser visto.
Peruggia cumpriu apenas alguns meses de prisão após ser considerado"deficiente mental", conforme recordou o El País. Na época, ele disse que uma das motivações do roubo foi porque ele era frequentemente ridicularizado pela equipe do museu por ser um imigrante italiano.
Já a Mona Lisa foi devolvida ao seu lugar no Louvre em 4 de janeiro de 1914.