Iniciativa única em Porto Alegre, o Linha combina bar, galeria, sala para oficinas e ateliês compartilhados onde artistas trabalham à vista dos visitantes. A ideia do espaço, criado pelos proprietários dos bares Agulha e Vasco 1020, é aproximar as artes visuais do público. Neste sábado, pouco depois de completar três meses de funcionamento, esse objetivo avança com a abertura da primeira exposição no local: Devir Ciborgue. A vernissage vai das 18h até a meia-noite, com a performance inédita Contagem de Plaquetas, de Jordi Tasso, às 20h.
A curadora do Linha, Luísa Kiefer, convidou Isadora Mattiolli e Taís Cardoso, que conceberam a exposição inspirada em suas pesquisas de mestrado, especialmente nas ideias expressas pela americana Donna Haraway em Manifesto Ciborgue. Para falar sobre as relações entre corpo e tecnologia, reuniram cerca de 10 obras de artistas gaúchos e paranaenses.
– O texto fala da figura do ciborgue como ser que é híbrido, uma parte orgânica e outra máquina. Esse projeto de exposição tem artistas que dialogam com essa questão, uns mais diretamente e outros menos – explica Isadora.
Um exemplo é a videoperformance Harmonica (foto acima), na qual a artista curitibana Gio Soifer acopla uma gaita, tal como uma mordaça, ao próprio rosto. A mostra conta ainda com obras de Isabel Ramil, Letícia Lopes, Maya Weishof, Camila Proto, Marco Antonio Filho, Carolina Marostica, Eduardo Montelli e Paula Trusz em vídeo, pintura, instalação e fotografia.
Devir Ciborgue
- Linha (Av. São Pedro, 540), no bairro São Geraldo, em Porto Alegre.
- Abertura neste sábado, das 18h à meia-noite, com performance às 20h.
- Visitação de terça a sexta, das 18h à meia-noite ou mediante agendamento. Até 22/8.
- Entrada gratuita.