Após abreviar o fim da exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, o Santander anunciou que devolverá aos cofres públicos o valor integral destinado à mostra. A polêmica exibição deveria ficar em cartaz de 15 de agosto a 8 de outubro, mas foi encerrada neste domingo, após grande repercussão nas redes sociais.
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A Queermuseu teve custo de R$ 800 mil e foi financiada via Lei Rouanet. Nesta terça-feira, o Santander confirmou que abrirá mão do benefício de renúncia fiscal usado para custear a mostra. Dessa forma, o banco assume o compromisso de ressarcir a Receita Federal dos R$ 800 mil que deixou de pagar em impostos e investiu na exposição. O banco não informou prazos para a tramitação ocorrer.
Segundo o portal Versalic, além da montagem da mostra com 270 obras expostas, o dinheiro foi usado para, entre outras coisas, a impressão de 15 mil folders e 2 mil catálogos para distribuição a escolas e bibliotecas.
Entre as justificativas para ser contemplado pela Lei Rouanet, o projeto apresentado ao Ministério da Cultura afirmava que Queermuseu pretendia "exibir obras de períodos diversos lado a lado, trazê-las para o presente do indivíduo, além de instigar a reflexão sobre as questões de diversidade de gênero, tema de extrema relevância na época atual".