Quem passou pela Rua João Alfredo na noite deste sábado (20), por volta das 21h, foi seduzido pela batucada. A trilha sonora levava para a roda de capoeira que rolou no jardim do Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo, dentro da programação da Noite dos Museus. No local, a cultura afro foi o destaque.
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Em clima de piquenique noturno, o público se espalhou pela área externa do museu. Várias pessoas relataram estar conhecendo o espaço cultural pela primeira vez, caso de Alerson Cachoeira Cândido.
– Estou aprendendo bastante coisa sobre a história antiga de Porto Alegre – afirmou o funcionário público, que olhava atentamente para a mostra temporária exposta no local.
Depois, Negra Jaque tomou conta do palco com um repertório de empoderamento feminino e exaltação da cultura afro. A interpretação da faixa Cabelo Crespo foi um dos pontos altos da noite. E o público entrou na vibe da rapper. A estudante Naiara Teixeira Baptista, por exemplo, se soltou por meio da dança de rua:
– Me identifico com tudo o que ela disse.
Sobre chamar a atenção para sua performance, a jovem de 25 anos revelou, entre risos:
– Tiveram que me empurrar para dançar aqui na frente do palco, mas, no fim, deu tudo certo.
Um dos grandes nomes do rap feminino do Estado, Negra Jaque encara o show como uma oportunidade de discutir questões sociais relevantes.
– São poesias, mas é uma contestação a tudo. Ao que acontece de ruim com os jovens. As coisas ruins a gente tem que canalizar para a arte.