Caninana é uma serpente brava e ágil, um justo apelido para a vitoriosa carreteira Chevrolet Corvette do piloto Orlando Menegaz. No currículo de Menegaz e da Caninana, estão as conquistas de duas Mil Milhas Brasileiras, em parceria com Aristides Bertuol (1957) e Italo Bertão (1961), além da vitória nos 500 Quilômetros de Porto Alegre em 1962.
A bela e célebre atriz francesa Brigitte Bardot, sucesso do cinema nas décadas de 1950 e 1960, inspirou a Escuderia Galgos Brancos, da família Andreatta. O Ford carreteira de Catarino Andreatta ganhou o apelido carinhoso de Brigitte, e com ele Catarino e Breno Fornari foram tricampeões das Mil Milhas (1956, 1958 e 1959).
No 8º Circuito da Pedra Redonda, em 1957, ao conduzir à vitória um Volkswagen com motor de Porsche na categoria de carros esportivos, o piloto Aldo Costa conquistou o apelido de El Gálvez Brasileño, uma alusão ao carismático ídolo do automobilismo argentino Juan Gálvez, que venceu na categoria Força Livre.
Ao conquistar a Copa Rio Grande do Sul em 1948, o piloto Alcides Schroeder ficou conhecido como o Leão da Serra, visto que o percurso, em duas etapas (Porto Alegre-Passo Fundo-Porto Alegre), unia várias cidades serranas por estreitas estradas de chão batido, perfazendo mais de 700 quilômetros.
José Asmuz, por sua ascendência, era lembrado como o Turco. Foi o campeão gaúcho de 1963, com vitórias importantes na Antoninho Burlamaque (Porto Alegre-Capão da Canoa) e nos 500 Quilômetros de Porto Alegre.
Por Gilda, que não era o nome de uma mulher, mas de uma cachorra de estimação, ficou conhecida a carreteira Ford de Nicanor Ollé, vencedor da prova Bagé-Aceguá-Bagé, que tinha em José Otero e Ery Vernieri seus escudeiros nas competições.
Da Rua das Olarias, no bairro paulista do Canindé, saíam os competitivos carros (Ferrari, Maserati) preparados pelo piloto Camilo Christofaro, o lendário Lobo do Canindé. Seu maior feito foi vencer a acirradíssima competição nas Mil Milhas de 1966 com sua icônica Chevrolet Corvette número 18.
Inscrevendo-se sempre como Volante 13 e pilotando um DKW com o mesmo número, o piloto paulista Frodoaldo Arouca criou uma aura de mistério e poupou sua mãe de preocupações. A família, da tradicional Metalúrgica Arouca, preserva o carro e a história do Volante 13.
Apelidos adequados para homens dignos e corajosos, que, com suas máquinas preparadas com muito esforço e abnegação, propiciaram emoções e alegrias aos seus milhares de admiradores e perpetuaram-se no nosso imaginário.
Colaboração de Guilherme Ely