O Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), inaugura na próxima sexta-feira, dia 13, às 18h, a exposição Além do Naturalista: o Legado de Carlos Ritter para a Indústria Cervejeira, que pretende destacar os feitos de Carlos Ritter em outro viés. Com peças que vão contar mais sobre o lado empreendedor do naturalista, a exposição, que ficará em cartaz até maio, abordará dois temas: a história da cervejaria de Carlos Ritter e o processo de fabricação de cerveja. A visitação no museu (localizado na Praça Coronel Pedro Osório – Casarão 1) pode ser feita de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada gratuita.
Carlos Ritter é filho do imigrante alemão Georg Heinrich Ritter, que fundou, em 1868, uma das primeiras fábricas de cerveja do Rio Grande do Sul. Três filhos de Georg se destacaram na indústria cervejeira, entre eles Carlos Ritter, fazendo história ao fundarem duas das maiores cervejarias do Estado entre o final do século 19 e o início do 20: a Cervejaria H. Ritter, na Capital, e a Cervejaria C. Ritter & Irmão, em Pelotas.
A fábrica pelotense, fundada em 1870, tinha uma usina elétrica e fornecia gelo para a população e para a Santa Casa. Ela representou um rompimento com o modo de produção até então empregado em Pelotas. Na virada do século, a cervejaria produzia 4,5 milhões de garrafas por ano. Em 1911, quando empregava 250 operários, esse número aumentou para 6 milhões de garrafas, além da fabricação de gelo e gasosas.