No próximo sábado, dia 2 de junho, às 20h, no Galpão Crioulo do IBGE (Avenida Augusto de Carvalho, 1.205 – bairro Praia de Belas, Porto Alegre), um grupo de amigos estará reunido para falar dos 50 anos de convivência, de respeito ao próximo e à natureza, da formação de caráter e do patriotismo, mas, fundamentalmente, para celebrar a amizade forjada durante a existência do Grupo Escoteiro Isaac Bauler.
Já se vai mais de meio século desde que o padre Edgar Jotz e o chefe Joaber Pereira pensaram na criação de um grupo escoteiro vinculado à Paróquia Santa Cecília.
Da ideia à realidade, outros jovens foram convidados a abraçar o projeto, e logo este grupo de futuros chefes – Akelá, Baguira, Balú, Kaa e Chil, nomes utilizados para os dirigentes dos lobinhos – começou a preparar-se, participando dos cursos para escotistas (adultos voluntários que se dedicam a dirigir as atividades) e recebendo os primeiros lobinhos. Tudo sob a inspiração de Baden Powell, que criou o movimento para os jovens, sabendo que precisava de dirigentes responsáveis e que, ao mesmo tempo, soubessem transmitir seus princípios com alegria e com a forma de aventura. Hoje, são 40 milhões de pessoas espalhadas em mais de 223 países.
Foi feita justa homenagem a Isaac Bauler, conhecido chefe escoteiro em Porto Alegre, dando o seu nome ao grupo. Sua dedicação e seu exemplo serviram para o desenvolvimento do escotismo. Pais e mães de lobinhos e escoteiros foram os esteios para que o movimento prosperasse, gente como o saudoso doutor Oswaldo B. Muller e a senhora Prisca, Hamilton Cypriano, Palma Dias, Koren, Lopes, casal Seffner, doutor Emílio Jeckel e muitos outros.
A sede foi um “galinheiro” em desuso, no Instituto Santa Cecília, daí ter surgido o animal totem, o galo, usado até hoje.
Depois, o grupo mudou-se para a sacristia da Igreja Santa Cecília. Muitas vezes, o barulho da “gurizada” tinha que ser controlado para não atrapalhar a missa das 18h, aos sábados. Foram realizados memoráveis acampamentos e acantonamentos, alguns com longas viagens, numa convivência entre irmãos de ideal.
Armando as barracas, cozinhando para a patrulha ou cantando ao redor do fogo de conselho no final do dia, tudo feito com a alegria de participar de uma aventura. Após as atividades, cansados, mas felizes pela experiência e convívio sadio com a natureza, cada um retornava para sua casa.
Na noite do próximo sábado, revendo rostos e sorrisos, a história, a vida e a amizade serão relembradas e comemoradas. É a oportunidade de cumprir a promessa que, nos momentos mais solenes, foi pronunciada em forma de canção: “Bem cedo, junto ao fogo, tornaremos a nos ver”. Contatos com Manoel da Rosa Michael, pelo e-mail ddyrow@gmail.com