Ontem à noite, na Fundação Scheffel, em Novo Hamburgo, foram lançadas, pela Editora Oikos, mais duas obras do jornalista e pesquisador Felipe Kuhn Braun, nascido em 1987, naquela cidade do Vale do Sinos.
Em Alemães no Brasil: 1824 – 1945 (164 páginas), seu 15º livro, o autor descreve como era a vida das pessoas na Europa e quais foram os motivos que levaram as famílias a emigrar. O jovem escritor também relata o início das famílias no Brasil, registrando o legado deixado pelos imigrantes de origem germânica e seus descendentes para o nosso país, em especial para a Região Sul. Braun faz pesquisas sobre esse assunto e nessa área há mais de uma década e meia e já formou um acervo de 37 mil fotos antigas. Nesse livro, estão publicadas mais de 200 fotografias, com especial atenção às diversas famílias teuto-brasileiras.
O outro título, A Morte: Antigas Representações e suas Tradições no Sul do Brasil (124 páginas), é o resultado da reunião de detalhado material iconográfico, em que o autor reproduz documentos relacionados ao tema, como cartas e telegramas, necrológios (obituários), santinhos e até mesmo propaganda de casas funerárias (diversos deles em alemão gótico e que agora estão traduzidos).
O pesquisador compilou este material e publicou as fotografias de falecidos, escultores de lápides, esculturas e decorações encontradas em antigos cemitérios. Além disso, há um capítulo sobre o significado dos símbolos utilizados em lápides e túmulos nos cemitérios da região colonial.
"A morte e o luto, tantas vezes considerados tabus, foram o foco dessa pesquisa, que buscou saber como esses assuntos eram tratados por aqui há cem anos atrás. Além disso, o livro conta com registros de 35 cemitérios da região e com fotos dos falecidos nos seus caixões. Fotografar o morto antes do sepultamento era um costume comum em tempos antigos", comenta Felipe.