Com seu projeto de produção concluído em 1939 e lançamento em 1941, a Parker 51 viria a ser a mais icônica caneta-tinteiro do mundo em sua época. Tinha a boa fama de não vazar e não pingar, e sua pena ficava oculta pela concha inferior do corpo da caneta, evitando o secamento rápido da tinta – a recomendação do fabricante era que esta fosse sempre a Parker Ink Azul lavável ou, para momentos especialmente solenes, a sofisticada tinta preta permanente Super Quink.
O charme da marca e também da Parker 51 residia no clipe da tampa, em forma de flecha, na pena oculta e na variedade de cores combinadas com as tampas metálicas, em ouro ou prata. Havia, ainda, as monocromáticas totalmente douradas ou prateadas.
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Até 1948, o abastecimento se fazia pressionando um êmbolo que expulsava o ar e aspirava a tinta, o chamado sistema Vacumatic, depois substituído pelo Aerometric, que consistia em pressionar um diafragma de borracha, que enchia o reservatório ao inflar.
Outro modelo, a Parker 21, foi lançado em 1948 para atender o público jovem. De preço mais acessível, era considerada a "caneta do estudante". Boas notas no curso ginasial podiam ser recompensadas com uma Parker 21, um mimo dos pais aos filhos aplicados. Com formato semelhante à antecessora 51 e escrita suave, ela foi bem aceita e fez muito sucesso também.
A Parker 61, lançada em 1956, manteve a tradição de confiabilidade das demais. Seu sistema de aspirar a tinta era por capilaridade. Imergia-se invertido no tinteiro o tubo do corpo da caneta, que vinha envolto em uma película de teflon com pequenas aberturas por onde entrava a tinta. A seta metálica, incrustada na ponta da Parker 61, conferia-lhe característica inconfundível.
Colaboração de Guilherme Ely