É curioso como a nossa mente é quase que pura memória. Somos o que lembramos, disse Norberto Bobbio. Comprovo isso em caminhadas que faço com certa frequência no centro de Porto Alegre. Vou ao Mercado Público e passo pelo antigo abrigo de bondes. Os bondes são constantes nesses meus passeios ao passado. Inevitável também é lembrar do meu pai, Pedro Knapp (in memoriam). Ele andava comigo por ali e contava histórias de seus trabalhos e amigos da cidade. Eu era fascinado por essas lembranças. Acredito que certos prédios e até mesmo o piso de certas calçadas deveriam ser preservados como referências/símbolos em nossas memórias. Parece que esses lugares, essas pedras, todas gastas, deixam-nos pistas, marcas de nossos antepassados.
Memórias
Salve as pedras pisadas
Monumentos de Porto Alegre conservam lembranças dos antepassados
Ricardo Chaves
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