Nesta sexta-feira (3), terminam as campanhas nacionais de vacinação contra a gripe e contra o sarampo. Este ano, as duas campanhas foram feitas de forma simultânea. De acordo com o Ministério da Saúde, a estratégia foi adotada para aproveitar uma única ida da família aos postos para a aplicação dos dois imunizantes.
Em Porto Alegre, a procura pela vacina da gripe foi baixa. Até quarta-feira (1º), dados do LocalizaSUS, ferramenta do Ministério da Saúde, indicavam que o percentual de vacinados contra influenza nos grupos prioritários era de 47,3%. O grupo com maior percentual era o de idosos, com 57,5% da meta. O objetivo da campanha é vacinar 90% da população estimada para cada grupo prioritário.
Com o objetivo de incentivar a imunização contra a gripe, nesta sexta-feira (3), haverá uma unidade móvel no Largo Glênio Peres, ao lado do Mercado Público, para vacinar os públicos prioritários das 9h às 16h. Há ainda outros 124 pontos de saúde disponíveis na cidade (confira abaixo).
Neste momento, na rede pública, podem receber a vacina grupos prioritários — crianças de seis meses a nove anos, idosos, indígenas, gestantes e mais (veja abaixo quem tem direito). A Secretaria Estadual de Saúde (SES) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aguardam orientação do Ministério da Saúde para ampliar para toda a população a vacina da gripe na rede pública.
Casos de sarampo no Brasil acendem alerta
A campanha de vacinação contra o sarampo tem como alvo crianças de até cinco anos incompletos e trabalhadores da saúde. De acordo com a SMS, desde o início da campanha, foram aplicadas em Porto Alegre 18.947 doses da vacina tríplice viral. Do total, 14.774 foram aplicadas em crianças, 4.093 em trabalhadores da saúde e 80 em adolescentes ou adultos.
A imunização contra a doença se torna ainda mais importante com a volta da circulação do vírus no país e com a queda na cobertura vacinal nos últimos anos. A SMS informou que, por meio da Vigilância Epidemiológica, emitiu alerta para a rede de serviços da saúde na sexta-feira (27), destacando a ocorrência de 24 casos confirmados de sarampo nos estados do Amapá, Rio de Janeiro e São Paulo em 2022.
Em Porto Alegre, até 21 de maio, foram notificadas cinco suspeitas, das quais três foram descartadas e duas seguem em investigação. A Capital registrou surtos da doença nos anos de 2018 e 2019 e ainda teve casos isolados em 2020. Em 2021, a cobertura vacinal da cidade para o calendário de rotina ficou em 66,83%, abaixo do recomendado, que é de 95%.
A vacinação do sarampo já faz parte das doses de rotina, ou seja, que ficam disponíveis nos postos durante todo o ano, mesmo fora de épocas de campanha. As doses da tríplice viral protegem contra o sarampo, a rubéola e a caxumba .
Vacinação contra a gripe
- Quem pode receber: crianças de seis meses a nove anos, gestantes, idosos, povos indígenas, puérperas e trabalhadores da saúde, trabalhadores do transporte coletivo (motoristas e cobradores), das forças de salvamento e segurança, trabalhadores da educação, funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade e com comorbidades.
- Onde: no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico, das 9h às 16h, ou em 124 unidades de saúde
- Documentação: gestantes e puérperas devem apresentar a carteira de gestante; professores, comprovação do vínculo de trabalho. Crianças devem ter a caderneta levada ao posto de saúde. Comorbidades podem ser comprovadas com atestado médico, laudo ou prescrição de receita de medicamento de uso contínuo. Trabalhadores devem comprovar o vínculo laboral, com crachá ou contracheque.
Vacinação contra o sarampo
- Quem pode receber: trabalhadores da saúde e crianças de seis meses a quatro anos, 11 meses e 29 dias.
- Onde: confira aqui
- Documentação: para receber a dose, profissionais de saúde devem apresentar documento que comprove o vínculo empregatício; para as crianças, a recomendação é apresentar a caderneta de vacinação.